Como os jogadores planejam fazer atos anti-homofobia na Copa do Qatar?
Oito seleções começaram um movimento para juntos lutarem contra a homofobia dentro de um país em que ser LGBTQI+ é considerado crime; entenda!
Harry Kane foi o jogador que iniciou um movimento com representantes de oito seleções europeias para fechar um acordo para fazer uma campanha contra a homofobia durante a disputa da Copa do Mundo, que acontece no Catar. Além da Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, País de Gales e Suíça pretendem estampar um coração com as cores do arco-íris nas braçadeiras do capitão de cada time.
Apesar de a Federação Inglesa de Futebol (FA) já ter anunciado esta medida de apoio ao movimento “OneLove”, ainda não é possível considerá-la oficial. .
A homossexualidade é considerada crime no Qatar, país-sede do evento mundial. De acordo com a “sharia”, a lei em vigor em vários países com população predominantemente muçulmana, a prática homossexual para homens ou mulheres tem como penas o apedrejamento e sete anos de prisão.
O gesto da FA e das outras nove federações nacionais tem o objetivo pressionar o Qatar e o Comitê Supremo para Entrega e Legado, órgão que faz organização da Copa do Mundo, a aceitar que vão ter que lidar com campanhas contra a discriminação ao decorrer do torneio. O uso das faixas de capitão com o desenho e as cores que lembram a bandeira do movimento LGBTQIA+ já está previsto para começar no jogos da Liga das Nações a partir da próxima quinta-feira, 17 de novembro.
O grande impasse é que estas braçadeiras ainda não tiveram aprovação da Fifa para uso na Copa do Mundo e podem nem ser aprovadas.
A Fifa tem regras rígidas sobre como as seleções devem se vestir durante o evento esportivo. No regulamento, existe a previsão de que as faixas de capitão serão padronizadas para as 32 seleções. Este conjunto de regras foi discutido e aprovado em julho, em Doha, e certificado por todos os participantes da Copa em agosto, em reuniões individuais que aconteceram em Zurique, na Suíça.