Conheça a história de luta de Dom Paulo Evaristo Arns

Morre aos 95 anos Dom Paulo Evaristo Arns

Nascido em 1921 numa família de pequenos agricultores, em Forquilhinha (SC), Paulo Evaristo Arns ordenou-se padre aos 24 anos. De formação erudita, formou-se doutorado em Letras pela Universidade de Sorbonne, em Paris, na França em 1952.

De volta ao Brasil, trabalhou como professor de Teologia, jornalista e vigário nos subúrbios de Petrópolis, região serrana fluminense. Quatorze anos depois, foi promovido à bispado em 1966.

Uma das mais expressivas lideranças religiosas da América Latina, dom Paulo Evaristo Arns esteve 28 dos 95 anos que viveu à frente da segunda maior comunidade católica do mundo, a Arquidiocese de São Paulo.

Ao assumir o cargo de arcebispo, em 1970, usou R$ 5milhões da venda do Palácio Episcopal para a construção de 1200 centros comunitários na periferia da capital paulista.

Tornou-se importante personagem na luta pelos direitos humanos durante os 21 anos da ditadura militar. Foi, assim, mártir em sua campanha na defesa dos direitos dos pobres e, sobretudo, na luta contra a desigualdade social.

O que rendeu dezenas de prêmios e reconhecimento internacional, como o título de doutor honoris causa em universidades dos Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Holanda; prêmio do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (1985), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre outros.

Dom Evaristo faleceu nesta quarta-feira, 14, aos 95 anos, em decorrência de uma broncopneumonia. O Catraca Livre está de luto.