Conheça o projeto LabMis

Criado em 1970 com a intenção de abranger novas mídias e manter um acervo híbrido no Museu de Imagem e Som (MIS), o projeto LABMIS foi retomado em 2008 com a reabertura do museu. O propósito continua praticamente o mesmo e foca especialmente nas culturas digitais. “Temos um espaço público de fomento e formação continuada de artes , além de ser um ponto de encontro para discussões e desenvolvimento de trabalhos. Assim, o espaço aberto para jovens artistas tem o apoio de orientadores especializados na área”, explica a diretora executiva do MIS, a prof. Dra. Vitória Daniela Bousso.

O trabalho de curadoria para escolher os artistas residentes é anual, o MIS lança o edital Residência LABMIS, por meio do qual todos os artistas interessados podem submeter seus projetos. Vitória conta que o programa de residência artística fomenta projetos que envolvem arte e tecnologia a serem desenvolvidos durante três meses no LABMIS. “Por edição, quatro projetos nacionais (sejam individuais ou coletivos) são selecionados por um júri, que varia a cada ano. Além disso, também recebemos artistas internacionais, através de intercâmbios firmados com nossas instituições parceiras.”

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Produção integrante do LABMIS

A cultura digital promovida pelas tecnologias que surgem todos os anos é um assunto cada vez mais recorrente e ainda surgem dúvidas sobre como ela vem sendo direcionada ao longo do tempo. “Temos razões para acreditar que a cultura digital vem sendo cada vez mais reconhecida. Em dois anos e meio (desde a reabertura em agosto 2008), nosso público triplicou e o número de acessos ao nosso site também aumentou, o que demonstra que estamos em pleno processo de formação de público. Outro resultado é, sem dúvida, a Mostra LABMIS, mostra de resultados das residências realizadas aqui e nas instituições parceiras (como os centros Hangar e Can Xalant, na Espanha). A reação positiva da mídia, o crescimento de parcerias nacionais e internacionais e o interesse por parte de empresas patrocinadoras na instituição também podem ser apontados como fatores que apontam para um maior reconhecimento dessa cultura.

As parcerias internacionas também fazem parte do processe de aglutinamento das culturas digitais e de exposição dos projetos dos artistas escolhidos. “Já realizamos parceria com o centro Hangar (Espanha) e temos acordos firmados com o centro de arte contemporânea Can Xalant (Espanha), La Chambre Blanche, Avatar e Bande Vidéo (um pool de centros de novas mídias na cidade de Quebec, Canadá) e IMPAKT em Utrech, Holanda. Dessa forma, nossos residentes brasileiros já realizaram intercâmbios nessas instituições, assim como recebemos artistas enviados por ele. Estamos prospectando parcerias com museus e centros culturais na França, na Finlândia e na Argentina, ampliando a gama de possibilidades de desenvolvimento para o Museu e nossos residentes”, finaliza.