Conselho rejeita suspensão de Jean Wyllys por cuspe em Bolsonaro
O deputado será punido apenas com uma censura por escrito
O Conselho de Ética da Câmara aprovou nesta quarta-feira, dia 5, uma censura por escrito a Jean Wyllys (PSOL-RJ) por ele ter cuspido em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no plenário. A pena de suspensão do mandato foi rejeitada.
Em 2016, durante a sessão que analisou a abertura do impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff, Wyllys cuspiu em Bolsonaro e o Conselho abriu um processo para apurar o caso.
Por 13 votos a zero (uma abstenção), os membros do conselho não aprovaram o parecer do relator Ricardo Izar (PP-SP), que sugeriu a suspensão do mandato do deputado do PSOL por 30 dias. Antes, Izar havia sugerido 120 de afastamento, mas voltou atrás nesta quarta.
Em seguida, a comissão aprovou o parecer alternativo de Júlio Delgado (PSB-MG), que recomendou a advertência por escrito a Wyllys.
Em sua defesa, o deputado disse que não premeditou o ato e reagiu a provocações de Bolsonaro, que teria dirigido a ele palavras como “veadinho”. No entanto, Bolsonaro negou a acusação.
Na tarde desta quarta, Jean Wyllys afirmou que não irá recorrer contra a decisão do Conselho de Ética e que “faria tudo de novo”, de acordo com informações da Folha de S.Paulo.
“Guardo como um troféu. O que redimiu aquela noite pavorosa foi um cuspe na cara de um fascista. Foram seis anos sendo difamado e, quando fui chamado de ‘queima-rosca’ naquela hora por ele, cheguei ao meu limite. Cuspiria de novo sim”, declarou Wyllys em entrevista coletiva.
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