Contrários à quarentena, caminhoneiros ameaçam governadores com paralisação
No pronunciamento da última terça-feira, 31, Bolsonaro citou caminheiros duas vezes durante discurso feito em rede nacional
A falta de postos de gasolina e restaurantes abertos à beira da estrada podem motivar paralisação dos caminhoneiros no estado de São Paulo.
Matéria divulgada pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo, desta quarta-feira, 1, revela que Wallace Landim, um dos porta-vozes da categoria e liderança da greve de 2018, sinalizou novos protestos caso os governos não abram mã das medidas restritivas contra o novo coronavírus.
Ainda de acordo com a reportagem, Landim direciona o ataque diretamente ao governador paulista, João Doria, a quem acusa de se promover diante da situação. A associação da qual é líder entrou na Justiça para derrubar a quarentena, em claro aceno à flexibilização do isolamento defendido por Jair Bolsonaro. “Se não voltarem atrás e não sair liminar na Justiça, a categoria provavelmente vai parar. Vai paralisar naturalmente, por não ter como trabalhar, e parar em protesto.”
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Alinhado ao governo
Landim elogiou a relação estabelecida com o governo. Sobretudo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, com quem conversa diariamente ao informar a pasta sobre as condições enfrentadas pelos motoristas. “Temos uma linha muito direta com o ministro, levando demandas da categoria e dando sugestões. Neste momento, o governo tem dado o suporte de que a gente precisa. O problema está com os governadores.”
Se coincidência pouca é bobagem, no pronunciamento da última terça-feira, 31, Jair Bolsonaro citou os caminhoneiros em duas ocasiões durante o discurso feito em rede nacional.