Cor no Capão Redondo
No dia 17 de maio, foi lançado o projeto “A gente transforma” concebido pelo arquiteto Marcelo Rosenbaum. A iniciativa visa transformar a região do Capão Redondo, periferia da cidade de São Paulo, em uma área mais colorida e mais agradável para se viver. A ideia é fazer com que os próprios moradores mudem o meio que vivem, pintando áreas comuns da forma como gostariam que fossem.
Além disso, Rosenbaum dará palestras em cinco faculdades diferentes e trinta estudantes serão escolhidos para participarem do programa. O objetivo é compartilhar conhecimentos e descobrir o potencial dos moradores do bairro, para que todos ajudem na construção de benfeitorias do local e também desenvolver a capacitação de emprego e renda.“Queremos mostrar para a comunidade que ela tem talentos e recursos para construir sua própria realidade. Aprendemos e reconhecemos o que eles têm de melhor”, diz Thais Polydoro Ribeiro, do Instituto Elos (órgão responsável pela dinâmica do projeto).
Para mobilizar os moradores eles escutam todos, descobrindo assim seus sonhos. “Ver algo concreto e realizado é
provar para eles mesmos que são capazes de fazer parte dessa mobilização”, completa Thais.
Com a ajuda da ONG Casa do Zezinho, a região também vai ganhar uma biblioteca. O acervo terá mil livros novos que depois será completado de acordo com áreas e títulos escolhidos pela comunidade, além de equipamentos eletrônicos, como televisores e computadores. A inauguração está prevista para o dia 25 de julho, data na qual o projeto inteiro será concluído.
“A Biblioteca para Todos não é simplesmente uma biblioteca. É um polo para desenvolver ações para a melhoria de vida”, fala Sylvia, do Instituto Actos (responsável pela gestão do programa).
Por trás de tudo isso, está a intenção de estimular a população a experenciar o poder coletivo de transformação através da cor. O projeto será divulgado em livros e DVDs, podendo desta forma conscientizar as comunidades de que, com a colaboração de todos, pode-se viver em um mundo melhor, onde a criatividade transforma as dificuldades.
Por Carol Zuccas – estudantes do 2º ano do ensino médio do Colégio Bandeirantes.