Corujão da Saúde tem aumento de filas e consultas fora do prazo
Programa que foi a principal bandeira da campanha eleitoral enfrenta aumento de filas e atraso de consultas na rede municipal de saúde
Eleito no primeiro turno das eleições de 2016, João Doria (PSDB) tinha como uma das principais bandeiras de sua campanha a promessa de zerar a fila de exames em São Paulo até abril do ano passado. Para isso, sua solução foi criar o programa Corujão da Saúde, lançado em parceria com a iniciativa privada.
Passado mais de um ano desde que a ideia foi colocada em prática, boa parte dos exames e consultas leva mais de dois meses para serem realizados na rede municipal de São Paulo, segundo reportagem divulgada pela Folha nesta quarta-feira, 16.
Se a princípio o prazo de 60 dias era considerado adequado pela atual gestão, hoje, o que se vê é, além da debandada de Doria para a disputa do governo estadual, um tempo de espera maior do que o prometido na campanha psdbista. De acordo com a apuração, mais de 80% dos pedidos de exame aguardam na fila por um período maior que o prometido.
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Durante a campanha eleitoral, 0 ex-prefeito havia sido mais rigoroso, ao anunciar prazo limite de 30 dias para todos os exames. O que mudou após a vitória nas urnas, que, além de aumentar o tempo prometido, voltou as atividades do programa apenas para diagnósticos como ultrassonografia e ressonância. Apesar disso, em setembro do ano passado, a prefeitura gabava-se dos mais de 1 milhão de diagnósticos feitos por meio do Corujão.
Aumento na espera
Em meio a promessas não cumpridas e descrédito popular, os dados da Secretaria de Saúde revelam, de fato, uma piora na espera entre julho do ano passado a fevereiro deste ano.
A mamografia passou de 18 para 42 dias. A ecocardiografia transtorácica, de 43 para quase 75. A densitometria óssea foi de 45 para 46 dias. E no caso das ultrassonografias, de 15 tipos informados, 9 tiveram aumento no tempo de espera – 6 melhoraram.
Por outro lado, exames de tomografias apresentaram melhora, com um prazo de menos de dois dias para casos mais comuns – e até 28 para o tipo mais demorado.
Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que o Corujão trabalha no “gerenciamento da demanda atual para evitar represamento como ocorrido no final de 2016”, quando a fila de espera era de 485,3 mil exames de imagem. Hoje, segundo a pasta, a fila atual é de 85,7 mil procedimentos. Para saber mais sobre o assunto, confira a matéria completa no site da Folha de S. Paulo.
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