Criações funcionais e culturais ganham relevância nacional no Prêmio Brasil Criativo

Setor econômico abrange design, arquitetura, moda, gastronomia e games

18/09/2014 15:26

A área de criações funcionais é um dos campos fomentados por políticas de incentivo da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura que estará presente no Prêmio Brasil Criativo.

No que diz respeito ao design brasileiro, de acordo com o Diagnóstico do Design Brasileiro, emitido em 2014 pelo Ministério do Desenvolvimento e pela APEX, o Brasil já é o quarto país em número de registro de marcas, atrás apenas dos EUA, Japão e Coreia do Sul. Além disso, é o país com o maior número de profissionais de design nas empresa, com média de 6,1 por marca.

O Prêmio irá abranger os cinco campos de interesse da economia criativa: Criações Culturais e Funcionais, Audiovisual e Literatura, Patrimônios, Artes de Espetáculo e Expressões Culturais
O Prêmio irá abranger os cinco campos de interesse da economia criativa: Criações Culturais e Funcionais, Audiovisual e Literatura, Patrimônios, Artes de Espetáculo e Expressões Culturais

Games

O mercado de games brasileiro, por sua vez, já é o quarto maior do mundo, onde 80% dos profissionais possuem curso superior, de acordo com o Sebrae, sendo o quinto no mundo que mais gera empregos. Com relação à moda, o Brasil é referência internacional, com São Paulo entre os 25 mais importantes centros do mundo, e o Brasil um dos maiores exportadores de moda para os grandes eventos internacionais.

Arquitetura

No ramo da arquitetura, o Rio de Janeiro foi escolhido este ano para sediar o maior evento da arquitetura mundial, derrotando Paris e Melbourne. Por fim, o mercado gastronômico, de acordo com matéria divulgada no Jornal da Globo, movimentou, no ano passado, R$ 90 bilhões, com preços que chegaram a atingir R$ 950 por pessoa para uma refeição personalizada por um chef de alto padrão, um alto valor agregado que evidencia a relevância desta atividade econômica.

Todos esses atributos transformam as Criações Funcionais em um setor econômico sólido e de contínuo crescimento, que vem conquistando cada vez mais espaço na economia nacional. Ainda, as categorias deste campo suportam economias não criativas elevando seu nível de importância. A arquitetura, por exemplo, sustenta a engenharia civil, e a moda, a indústria têxtil.

Os curadores

O especialista em games Vince Vader é um dos jurados que avaliará trabalhos inscritos no campo. “Quando eu era estudante, há 15 ou 20 anos, não tive esse tipo de oportunidade. De ter contato com essa coisa incrível que é a Economia Criativa e ainda poder participar de maneira tão fácil”, coloca Vader, que leciona Criação Digital na ESPM e é autor de mais de 30 jogos e aplicativos “Acho que é uma iniciativa que movimenta a lógica por trás do mercado criativo, tornando-se uma oportunidade única para aqueles que querem participar”, completa Vader.

Outra presença marcante é a do designer e fundador da academia brasileira de marketing Lincoln Seragini “Este Prêmio tem dupla função. Incentiva as pessoas a buscá-lo, o que expande a criação no país, e também promove o criador, gerando autoconfiança e realização a quem cria, elementos fundamentais ao processo criativo”, afirma Seragini, autor de marcas como a da agência APEX-Brasil. Tenka Dara, estilista envolvida com a cultura afro também fará parte do time de curadores.

As inscrições para o Prêmio Brasil Criativo poderão ser efetuadas no site oficial www.premiobrasilcriativo.com.br, onde há o regulamento para consulta. Podem participar maiores de 16 anos, desde que o projeto ou empreendimento tenha comprovados três meses de consolidação das atividades.