Cuidadores de cérebro

Cirurgião especialista em aumento de memória. Essa atividade, que mais parece ter saído de um filme de ficção científica, entrou, na semana passada, numa lista de “profissões do futuro” elaborada por 486 estudiosos de 58 países. Esse médico teria a habilidade de implantar chips no cérebro de alguém disposto a aumentar sua capacidade de armazenar informação.

Como, no fim deste ano, o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vai começar a testar o implante de chips no cérebro para facilitar os movimentos de vítimas da doença de Parkinson, talvez aquele cirurgião da memória não pareça tão fictício.

Ainda mais porque um dos responsáveis por essa experiência, o neurocientista Miguel Nicolelis, ganhou notoriedade no mundo inteiro ao fazer macacos comandarem computadores usando apenas o que vulgarmente se conhece como “força do pensamento”.

Na quinta-feira passada, Nicolelis me fez a seguinte previsão: as novas descobertas sobre como funciona a mente vão virar de cabeça para baixo o modo como se transmite conhecimento. “É só uma questão de tempo”, aposta. Isso afeta do jornalista ao professor.

Para o assunto ficar bem simples de entender, cito o caso de uma escola inglesa (Monkseaton), com alunos de 13 a 18 anos, onde um neurocientista da Universidade de Oxford (Russell Foster) testou hipóteses sobre o sono dos adolescentes.

Leia aqui na íntegra a coluna publicada no jornal Folha de S. Paulo