Da folha sulfite para o livro

Drago
Lucas e seus desenhos

Lucas Brasil, já conhecido dos leitores do Catraca, segue desenhando como já fazia, mas sua paixão deu um passo maior. Agora cursando a faculdade de Desenho Industrial no Mackenzie, Lucas aproveita ao máximo o que pode extrair de suas aulas, e diz que esse novo conhecimento só confirma sua vocação.
Antes mesmo de iniciar o curso na faculdade, o jovem foi chamado por Gilvã Mendes para realizar o projeto de ilustração de seu novo livro, Queria brincar de mudar meu destino. Sendo o primeiro trabalho profissional do jovem artista, Lucas considera o projeto uma grande evolução, pois teve que aprender a controlar a imaginação e a emoção enquanto criava seus desenhos.

Em entrevista ao Catraca Livre, Lucas conta que embora a responsabilidade de ilustrar um livro de grande veiculação com certeza não seja pouca para um jovem de 18 anos, ele encarou o trabalho mais como um desafio. Sempre habituado a criar livremente, teve que aprender a se focar melhor, sendo criativo mas sem se deixar levar pela emoção. “Mergulhei na história e fui criando ilustrações que se relacionavam com a trajetória da personagem, mas sempre controlando a imaginação para não me envolver demais”, diz o artista.

Durante o processo de criação, assim como a maioria dos artistas, o jovem se trancou em seu quarto e mergulhou na história, que segundo ele é bem emocionante. Para começar a criar os desenhos, Lucas pensou em simbolismos que pudessem ilustrar a imaginação e os sentimentos da personagem, mas que ao mesmo tempo fossem imagens reais. Para ele, o produto final foi um cenário um pouco surreal, de sonhos, mas com ideias concretas.

O que o jovem absorveu de tudo isso? “Muitas coisas. Entre elas a certeza de estar no caminho certo e a experiência de fazer algo que eu nunca imaginei que pudesse, e que agora faria outras mil vezes.”

por Julia Reina
especial para o Catraca Livre