Damares Alves será ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos
Conheça as ideias defendidas pela assessora de Magno Malta
A pastora evangélica e advogada Damares Alves será a ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro, anunciou nesta quinta-feira, 6, o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ela é assessora do senador Magno Malta (PR-ES).
Segundo Onyx, a pasta comandada por Damares ficará responsável pela gestão da Fundação Nacional do Índio (Funai), entidade que oferece assistência aos povos indígenas. A assessora é a segunda mulher a ocupar uma pasta do primeiro escalão do próximo governo.
Veja as ideias defendidas por Damares Alves
Bolsonaro já havia afirmado que Damares era um forte nome para o cargo devido a sua identificação com a pauta dos direitos humanos e da família. Mais de cem entidades, entre igrejas, organizações não governamentais e associações de classe, assinaram nota em apoio a ela. Ela é contra o movimento LGBT e a legalização do aborto.
Em vídeo exibido pelo portal de notícias Expresso Brasil no dia 8 de março deste ano, durante comemoração do Dia Internacional da Mulher, a pastora disse que as mulheres nasceram para ser mães e que o modelo ideal de sociedade as deixaria apenas em casa, sustentadas pelos homens.
Damares foi questionada pelo apresentador Jaufran Siqueira sobre a possibilidade das mulheres conseguirem conciliar a vida pessoal e a vida pública. Em sua resposta, ela descreveu como gostaria de viver enquanto mulher:
“Me preocupo com a ausência da mulher de casa. Hoje, a mulher tem estado muito fora de casa. Costumo brincar como eu gostaria de estar em casa toda a tarde, numa rede, e meu marido ralando muito, muito, muito para me sustentar e me encher de joias e presentes. Esse seria o padrão ideal da sociedade. Mas, não é possível. Temos que ir para o mercado de trabalho”, respondeu.
A assessora ainda se mostrou preocupada com as crianças cujas mães trabalham fora. Apesar da projeção de sociedade ideal descrita por ela, Damares explicou que é possível as mulheres conciliarem as rotinas nas empresas e em casa.
Ela ainda criticou o movimento feminista por criar o que chamou de uma “guerra entre pessoas do sexo feminino e masculino”. “O que a gente tem visto hoje são as próprias feministas dizendo que não é possível. O que a gente tem visto hoje são elas levantando uma guerra.”
Ainda segundo a advogada, o papel que mais gosta de exercer é o materno. “A mulher nasceu para ser mãe. Também, mas ser mãe é o papel mais especial da mulher. A gente precisa entender que a relação dela com o filho é uma relação muito especial.”