Damares e o meme pronto: ‘menino veste azul e menina veste rosa’
Ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro comemora "uma nova era no Brasil" e dá show de ignorância
Damares Alves, a Ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro (PSL), mostrou novamente que não deveria ocupar o cargo em que está. A “terrivelmente cristã”, como ela mesma se declarou, comemorou o início de uma nova era no Brasil, e gritou: “menino veste azul e menina veste rosa”.
O vídeo já viralizou nas redes sociais:
https://www.youtube.com/watch?v=6myjru-e81U
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No Twitter, o termo “menino veste azul” figura nos trending topics nacionais. E, claramente, já se tornou meme.
https://twitter.com/grandehit/status/1080859982126596097
https://twitter.com/_wesleyalvs/status/1080855588769316871
https://twitter.com/njhdarling/status/1080859029545631744
https://twitter.com/vesio4/status/1080857269506576385
Passados os memes (que, por sinal, estavam maravilhosos. PARABÉNS, INTERNET!), vamos falar sério agora? O que influencia no caráter, na dignidade humana, se uma criança quer usar azul, rosa, amarelo, vermelho ou qualquer que seja a cor?
O que influencia se uma criança quer brincar de carrinho ou de boneca? Quer jogar video-game ou bater uma bola com os amigos e as amigas? O que isso representa na condução do amadurecimento de uma criança?
Você já se fez essas perguntas, ou simplesmente reproduz conteúdo do zap zap?
Se a menina gostar de jogar futebol, por exemplo, ela pode se tornar uma Marta (aquela jogadora que foi considerada e melhor do mundo pela FIFA por cinco anos, sabe?). Se o menino gostar de brincar de boneca, ele pode ser tornar um ótimo pai, sensível e dedicado aos afazeres domésticos. Isso não seria de todo ruim, não é mesmo?!
Agora, se uma criança começa a desenvolver uma necessidade em se manifestar de acordo com o gênero oposto ao qual foi designado ao nascer, não precisa haver desespero. Você precisa dar apoio e acolhimento ao seu filho. Afinal, o amor deve ser incondicional.
Pensando nisso, a Catraca Livre retoma uma entrevista publicada em maio de 2017, na série “Mães que TRANSformam”, em que contamos a história de Zilda Vermont, que viu sua filha, uma mulher trans, ser assassinada. Confira: