Damares não sabe se continua ministra do governo Bolsonaro
A líder do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos não gostou de ver a pasta de fora da lista de prioridades para receber recursos do governo
Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ameaça deixar cargo de ministra do governo Bolsonaro após saber de uma lista que circulou no Congresso Nacional que excluía sua pasta das prioritárias para receber recursos públicos.
A ministra disse nesta quarta-feira, 3, que ficou “muito triste” com a informação, segundo informações obtidas pelo jornal ‘O Globo’.
Segundo o jornal, Damares disse ter feito uma reclamação dura internamente no governo e que isso poderia até lhe custar o cargo. As afirmações foram feitas em seminário sobre adoção, que ocorreu nesta tarde no ministério, em Brasilia.
“Eu fui muito dura com quem fez a lista. Editem essa parte do vídeo [o evento estava sendo filmado], por favor. Fui muito dura. Acho que os ministros não precisavam ter lido o que eu escrevi, mas eu escrevi com ira, muita ira… Não sei se eu permaneço ministra depois do que eu escrevi hoje”, disse a ministra, sem explicitar onde e para quem ela teria feito as críticas.
De acordo com apuração do ‘O Globo’, Damares teria recebido uma ligação de um parlamentar antes do evento, relatando que tentou direcionar cerca de R$ 2 milhões para o ministério, mas foi aconselhado a retirar o pedido e reapresentá-lo indicando a verba para outras pastas.
Os ministérios com prioridade para o governo Bolsonaro seriam Infraestrutura, Educação, Desenvolvimento Regional e Agricultura, segundo ‘O Globo’.
Há suspeita de que exista uma interferência da Casa Civil no processo de escolha da destinação de emendas parlamentares.
“Não dá mais para a gente subestimar a infância no Brasil. Não dá mais”, disse a ministra.