David Miranda e Glenn dão a melhor resposta à família Bolsonaro

O jornalista e o deputado federal abriram todos os registros bancários

14/09/2019 07:42 / Atualizado em 16/09/2019 12:50

Foi a melhor resposta possível de David Miranda e Glenn Greenwald à família Bolsonaro.

Ambos estão sendo investigados pelo Coaf por movimentos estranhas.

Estranhas não são irregulares.

Mas merecem atenção.

O jornalista Glenn Greenwald e seu marido, o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) disseram que abriram todos os registros bancários
O jornalista Glenn Greenwald e seu marido, o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) disseram que abriram todos os registros bancários - Reprodução/Twitter

David Miranda afirma que abre todas as suas contas para acabar com qualquer suspeita e desafia a família Bolsonaro, “inclusive o Queiroz” a mostrar transparência.

Segundo Coaf Miranda teria movimentado R$ 2,5 milhões no período de um ano. Não é bem assim.

Sua movimentação foi de R$ 1,3 milhão: aquela valor de R$ 2,5 milhões éo dobro porque soma o que entrou com o que saiu).

David quer mostrar que sua movimentação é condizente com sua renda familiar.

Glenn possui uma premiada carreira jornalística, coleciona um Prêmio Pulitzer e uma série de best sellers. Tem também de direitos em filmes sobre seus trabalhos, como o caso de Edward Snowden.

“Esse processo de investigação começou dois dias depois que o Glenn e o Intercept Brasil começaram a fazer o processo da Lava Jato. A movimentação que teve na minha conta foi de R$ 1.300.000, é uma renda compatível com minha família. Minha renda familiar, junto eu o Glenn. O Glenn tem quatro livros renomados na New York Times Best Sellers List, produzimos filmes, ele dá discursos e trabalha para o Intercept“.

David completou:

“Qualquer jornalista que quiser ver está à disposição, está muito claro. Utilizamos minha conta para pagar nossas despesas. Estou disposto e vou ao juiz demonstrar todos meus extratos e, também, quero falar se a família Bolsonaro não faria o mesmo. Michelle Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro. Claro, óbvio, o Queiroz. Estou de peito aberto e não tenho medo de nenhum de vocês de utilizarem o aparato do Estado para intimidar as publicações da Lava Jato. Isso vai continuar, sem medo dessa retaliação”.