Debate eleitoral: Padre Kelmon admite ser linha auxiliar de Bolsonaro

Esse foi o primeiro debate dos presidenciáveis que o religioso participou

Durante debate eleitoral transmitido do estúdio do SBT neste sábado, 24, Padre Kelmon defendeu Bolsonaro e praticamente admitiu ser uma espécie de linha auxiliar de Bolsonaro.

Padre Kelmon admite em debate ser linha auxiliar de Bolsonaro
Créditos: Reprodução/SBT
Padre Kelmon admite em debate ser linha auxiliar de Bolsonaro

“Todos esses candidatos aqui atacando um só, o presidente da República. Eu estou só observando a fala de cada um. Cinco contra um. Agora, são cinco contra dois. Porque nós somos candidatos de direita”, disse Kelmon.

Ele também falou que todos os candidatos ao Palácio do Planalto “vestem uma roupagem para te enganar”, mas no caso, ele mesmo não é padre, apesar de usar a sua denominação.

Duplinha ideológica

Foi falado sobre uma suposta ameaça aos cristãos brasileiros, citando a situação da Nicarágua, onde existem conflitos entre a ditadura de Daniel Ortega e a Igreja Católica.

Ao responder Bolsonaro, Kelmon falou que os brasileiros “correm os mesmos riscos” que o povo da Nicarágua, que “persegue” os cristãos. Para ele, o Brasil corre esse risco “porque o ditador da Nicarágua é amigo da esquerda brasileira”.

Bolsonaro parabenizou o candidato “por sua posição”, e disse que a “perseguição” a religiosos não deve ser tolerada. “Nós devemos reagir. O Brasil está de portas abertas para acolher religiosos que estejam sofrendo perseguição lá. Não daremos as costas a esses perseguidos”, falou Bolsonaro.

Essa é a primeira participação de Kelmon em um debate com os presidenciáveis.

Kelmon não faz parte da comunhão das Igrejas Ortodoxas do Brasil, e ficou conhecido por divulgar em seu canal no YouTube vídeos convocando manifestações a favor de Bolsonaro.