Impossível assistir às declarações de Bruna Morato sobre o que se fazia na Prevent Senior sem se revoltar
Se confirmado esse escândalo pela CPI da Covid, a Prevent Senior precisa ser penalizada à altura
De acordo com declaração feita na CPI da Covid, pela advogada de 12 médicos da Prevent Senior, Bruna Morato, nesta terça-feira, 28, o diretor da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Junior tentou diversas vezes se aproximar do Ministério da Saúde, mas não obteve sucesso. Então, se aproximou do Ministério da Economia, de Paulo Guedes, e teria elaborado uma estratégia para promover a hidroxicloroquina contra a Covid-19.
“O que me explicaram foi o seguinte: um interesse do Ministério da economia para que o país não pare. Se entrarmos em lockdown, teríamos um abalo econômico muito grande. Então, existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo”, detalhou Bruna.
Juntamente à Prevent Senior, a Pasta firmou um “pacto” para desenvolver uma estratégia de aconselhamento de médicos que atuariam como porta-vozes ideológicos do tratamento precoce.
Segundo Morato, no grupo de aconselhamento estavam Anthony Wong, Nise Yamaguchi e Paulo Zanotto
Ainda de acordo com ela, médicos que não passassem prescrição do “kit covid”, utilizado para redução de custos pela Prevent Senior, eram demitidos pela companhia de saúde.
“Inúmeros profissionais foram coagidos. Eram repreendidos na frente dos colegas. Outros foram demitidos e existia castigo estipulado dentro da rede, que era a redução de plantões. Se você não demonstrasse lealdade aos preceitos da empresa e obediência aos protocolos apresentados, você recebia punições”, declarou a advogada à CPI.