Deepfake: JN desmente conteúdo usado para enganar eleitores
William Bonner criticou as atitudes do atual presidente diante das pesquisas de opinião
Na noite da última segunda-feira, 19, o Jornal Nacional desmentiu vídeos com trechos do telejornal no qual a pesquisa eleitoral traz o resultado alterado com a intenção de beneficiar Jair Bolsonaro (PL). As distorções que circulam nas redes sociais foram criadas com o uso do recurso de deepfake.
No vídeo falso, Bolsonaro aparece em primeiro colocado, na frente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pesquisa do Ipec que foi divulgada no JN, no entanto, mostrou justamente o oposto.
William Bonner criticou as atitudes do atual presidente diante das pesquisas de opinião, que chegou a declarar que o resultado “verdadeiro” seria a vitória dele no primeiro turno.
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Segundo a emissora, “a distribuição desses vídeos falsos coincidiu com declarações públicas do candidato Bolsonaro em que despreza as pesquisas eleitorais dos institutos Ipec e Datafolha”.
Em outro caso recente, o vídeo adulterado usou parte da edição de 15 de agosto do telejornal da Globo. A voz de Renata Vasconcellos anunciava uma pesquisa, evidentemente falsa, na qual o Bolsonaro aparecia isolado em primeiro lugar.
O que é deepfake?
O deepfake, termo que surgiu pela primeira vez no fim de 2017, é uma tecnologia baseada em inteligência artificial (IA) que permite a manipulação de vídeos com um aspecto bem realista.
A tecnologia, entre outras coisas, tem o potencial de recriar faces e corpos em uma sequência. Com ela é possível, por exemplo, colocar o rosto do presidente Jair Bolsonaro no personagem Chapolin Colorado com perfeição.