Em 2014, criança denunciou escola investigada por maus-tratos
O caso da Escola Colmeia Mágica poderia ter sido evitado? Polícia investiga
Nesta semana, um vídeo mostrando crianças amarradas dentro do banheiro da Escola Colmeia Mágica viralizou e provocou indignação. Em 2014, um menino de 3 anos denunciou maus-tratos e nada aconteceu.
Mãe gravou, na época, um vídeo com a criança relatando que a diretora o arranhou no rosto e o chamou de “chato”. Ela registrou boletim de ocorrência, que foi registrado como “vias de fato” e, depois, arquivado.
A Secretaria Municipal de Educação emitiu a autorização de funcionamento da unidade apenas em 2016, ou seja, a escola nem mesmo estava regularizada, apesar de existir há 22 anos.
- Estudo aponta relação do autismo com cordão umbilical
- Onde explorar a riquíssima gastronomia portuguesa em Lisboa?
- Mais do que tempero, alecrim é eficiente para memória e muito mais
- Autismo: saiba motivo que leva ao aumento expressivo de casos da doença
O caso poderia ter evitado o episódio das crianças em “camisas de força” presas no banheiro.
Flagrante de maus-tratos
Nas imagens que viralizaram na internet, as crianças aparecem dentro do banheiro da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na Vila Formosa, em São Paulo.
Elas estão sentadas em cadeirinhas de bebês, que estão no chão e amarradas. Os bebês eram amarrados no local para choro não serem ouvidos na rua, segundo relatam duas professoras.
De acordo com o depoimento, a diretora da escola lhes diziam que o objetivo era manter uma “boa impressão” e ainda alegava que “os choros poderiam ser ouvidos pelas pessoas que estivessem passando pela rua da escola ou pais que estivessem visitando o local.”
A instituição é investigada por maus-tratos e tortura das crianças, em um inquérito policial aberto no Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional.
Além da atual investigação por maus-tratos, a delegacia investiga a unidade escolar por suspeita de periclitação da vida e da saúde, que é colocar a vida das crianças em risco, e fazê-las passarem por vexame ou constrangimento.