Deputada escancara despreparo de ministro do governo Bolsonaro
MEC enfrenta grave crise sob administração de Ricardo Valéz que pode ser demitido a qualquer momento
Nesta quarta-feira (27), uma audiência com o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez e sua equipe foi realizada na Comissão de Educação da Câmara Federal. Nela, o ministro não convenceu e foi duramente criticado pela deputada federal Tabata Aamaral (PDT).
Vélez apresentou material sobre as propostas e metas do ministério, construídas ao longo dos três meses de governo, mas não atingiu as expectativas da deputada, cientista política e astrofísica de 25 anos, eleita para seu primeiro mandato nas eleições de 2018.
“Em um trimestre, não é possível que o senhor apresente um powerpoint com dois, três desejos para cada área da educação. Cadê os projetos? Cadê as metas? Quem são os responsáveis? Isso daqui não é planejamento estratégico, isso e uma lista de desejos. Eu quero saber onde que eu encontro esses projetos? Quando cada um começa a ser implementado? Quando serão entregues? Quais são os resultados esperados? São três meses, a gente consegue fazer mais do que isso”, questionou a deputada logo no início do vídeo.
- Cruzeiros pelo Caribe: descubra destinos paradisíacos
- Como controlar o colesterol alto quando ele é genético
- 4 destinos para conhecer e se encantar na Costa das Baleias
- Como manter a forma com o passar dos anos? Veja estas 5 dicas
A conclusão da fala da deputada não foi mais amena. “Eu não espero mais nenhuma resposta, já entendi que isso não vai acontecer. A mim, me resta lamentar o que está acontecendo, continuar o meu trabalho de educação, que não começa com este mandato, e esperar que o senhor mude de atitude – o que parece completamente improvável – ou saia do cargo de ministro da Educação”, salientou.
Visivelmente irritado, Veléz respondeu também em tom de embate. “Se a senhora não espera nenhuma resposta, para que faz perguntas?” O ministro, no entanto, disse em seguida que precisava ir embora, pelo adiantado da hora e finalizou garantindo que permanece no cargo. “A única coisa que posso dizer é que fico. Só me demito se o senhor presidente da REpública me pedir. Se ele, que é o chefe do Estado, achar que minha colaboração não está sendo adequada.”