Deputado do PSL questiona se o Brasil deve proibir beijo gay
Segundo o deputado, a proibição, similar ao que acontece na Rússia, é para preservar a "inocência das crianças"
O deputado do PSL Jesse de Faria Lopes, que assumirá uma das cadeiras da Assembleia Legislativa de Santa Catarina a partir de 2019, questionou, em tom de sugestão, se o Brasil deveria aprovar lei similar à Rússia para proibir beijo gay em público.
Através de suas redes sociais, Faria Lopes citou um protesto que estava sendo organizado por membros da comunidade LGBT para realizarem um “beijaço” em frente à residência de Jair Bolsonaro, ao colocar a opção de vetar manifestações de afeto entre pessoas do mesmo sexo em locais públicos.
“Manifestação que está sendo organizado para domingo em frente a casa do Bolsonaro. Ativistas que exiges (sic) respeito sem se dar o respeito. Na Rússia, o beijo gay em PÚBLICO é proibido por lei, no intuito de preservar a inocência das crianças. Você seria a favor de uma lei como esta no Brasil? Vote e deixe seu comentário”, escreveu o deputado em sua conta no último dia 26.
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Após a repercussão da postagem, Jesse excluiu-a. No entanto, de acordo com um print que circula nas redes sociais, é possível ver que dos mais de 9 mil votos, 82% se mostraram contrários à proposta.
Apoio à Ana Caroline Campagnolo
Jesse Faria Lopes é correligionário da deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC), que polemizou ao incentivar os alunos a filmarem “professores doutrinadores” em sala de aula.
Em sua conta no Facebook, Lopes disse que atuará, ao lado de Campagnolo, “na busca de escolas apartidárias em nosso estado”.
O deputado também mostrou-se um ferrenho defensor do projeto Escola Sem Partido, para que, assim, o Brasil possa ter, segundo ele, “uma sala de aula sem militância, sem doutrinação ideológica, mostrando todos os lados da conjuntura de nossa sociedade”.
Ana Caroline Campgnolo foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina que entrou com ação contra a mesma, pedindo condenação por danos morais coletivos e, ainda, que seja concedida liminar para que ela se abstenha de manter qualquer tipo de controle ideológico das atividades dos professores e alunos de escolas públicas e privadas do estado.
O MPSC diz que a ação tem como objetivo “garantir o direito dos estudantes de escolas públicas e particulares do estado e dos municípios à educação segundo os princípios constitucionais da liberdade de aprender e de ensinar e do pluralismo das ideias”.
Saiba como denunciar homofobia
Embora não seja considerada crime, a homofobia é hoje uma das práticas de ódio mais comum no dia a dia. A ojeriza motivada pela orientação sexual de outrem deixa marcas que, quando não fatais, psicológicas.
No Brasil, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia, uma pessoa LGBT é morta a cada 19 horas. Em 2017, a entidade computou 445 homicídios desse tipo, o que representa um aumento de 30% em relação ao ano anterior.
No link abaixo, saiba o que fazer em caso em caso de homofobia e como identificar quando você está sendo vítima de um ataque homofóbico.