Desfile das escolas de samba de SP falam sobre temas políticos
Escolas destacaram a luta por direitos e as questões políticas que tomaram o cenário brasileiro nos últimos tempos
A abertura do Carnaval de São Paulo não deixou de fora os temas fortes do cenário brasileiro. A política e os problemas sociais ganharam espaço em alguns dos desfiles das escolas de samba do grupo especial no Sambódromo na madrugada de hoje, 02.
Acadêmicos do Tucuruvi
Com o samba-enredo “Liberdade – O Canto Retumbante de um Povo Heroico”, a Acadêmicos do Tucuruvi falou sobre questões sociais e política nacional.
Em um de seus carros alegóricos, celebrou a diversidade sexual e levantou cartazes abordando a homofobia e a violência contra a mulher. Em outro momento, também destacou a corrupção, a venda de votos eleitorais e questionou a Justiça nacional.
Acadêmicos do Tatuapé
Já a Acadêmicos do Tatuapé destacou os guerreiros, desde figuras mitológicas de civilizações antigas até os lutadores brasileiros dos tempos modernos.
Uma das alas mostrou mulheres como “guerreiras do lar”. Outra, destacou os “guerreiros da informação”, lembrando os jornalistas Tim Lopes, Vladimir Herzog e José Hamilton Ribeiro. Uma terceira lembrou dos “guerreiros do cotidiano”, com garis, moradores de rua, bombeiros, médicos, polícias e professores.
No final, um dos carros também homenageou aqueles que buscaram uma luta sem armas, como Mandela e Gadhi.
Mancha Verde
Com o samba-enredo “Oxalá, Salve a Princesa!A Saga de uma Guerreira Negra”, a Macha Verde resgatou a luta pelos direitos dos negros, das mulheres e falou sobre a religião africana e seus simbolismos.
A escola representou cenas de tortura, resgatando a herança escravocrata brasileira. Acorrentou mulheres grávidas na avenida para falar sobre as escravas reprodutoras e também lembrou de Zumbi dos Palmares.