‘Desvio’ de R$ 3,8 mil vira escândalo de corrupção na Suécia

Com informações da BBC Brasil

O escândalo que tem repercutido nas manchetes dos jornais da Suécia nos últimos dias é bastante modesto (pelo menos se comparado à corrupção no Brasil).

O deputado Tomas Tobé utilizou em benefício próprio as milhas acumuladas no cartão que o estado oferece a parlamentares para uso gratuito de trens e transportes públicos no país.

Tobé, que é Secretário-executivo do Partido Moderado (conservador), desviou 10.865 coroas suecas (cerca de R$ 3,8 mil) com a imprudência. Com o dinheiro, ele pagou um pacote de amendoins, uma refeição, vinho e água, além de oito bilhetes de trem para viagens de caráter pessoal.

Estocolmo, na Suécia
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Estocolmo, na Suécia

De acordo com reportagem da “BBC Brasil”, o político violou um princípio do Manual de Viagens dos Parlamentares suecos, que estabelece as regras a serem cumpridas pelos deputados.

“Um parlamentar não pode usar em benefício próprio os pontos de milhagem acumulados em viagens feitas a serviço, em avião ou trem”, diz o parágrafo 44.

Os pontos devem ser usados para diminuir os custos com viagens a serviço do próprio parlamentar ou de algum outro deputado do Parlamento da Suécia.

Por mais que o valor não seja alto se comparado a outros casos, não pode haver distinção entre pequena e grande corrupção, na visão da Agência Nacional Anticorrupção da Suécia.

“Especialmente quando se trata de políticos e autoridades públicas, não importa se o crime é grande ou pequeno. Iremos sempre investigar e, desde que tenhamos as evidências necessárias, processar o responsável em nome do interesse público”, afirmou Kim Andrews, promotor-chefe da agência sueca, em entrevista ao veículo.

Leia a reportagem na íntegra.