Detentos produzem coleções de tricô e crochê para grife mineira

A empresária mineira Raquell Guimarães está dando o que falar no mundo da moda. Fundadora da grife de moda Doisélles, a estilista apresenta criações só de trico e crochê, feitas em laçadas milenares, com agulhas grossas e modelagens amplas, no geral produzidas por homens.

O mais interessante é que são todos presidiários!

Isso mesmo… Por conta da falta de mão de obra qualificada, a empresária foi obrigada a procurar e treinar o ofício a um grupo de pessoas que quisesse e precisasse aprender a profissão.

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O resultado? Peças lindíssimas e modernas, que fogem dos clássicos como casaquinho da vovó. A trama da Doisélles, como a própria estilista diz em seu site, “é metida a moderninha”.

Confira abaixo exemplos de algumas das criações produzidas pela grife:

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Quando Raquell Guimarães abriu sua empresa, era apenas ela e sua mãe contando com a ajuda de algumas vizinhas que pegavam uma ou outra encomenda, enquanto tomavam conta dos netos. Seria impossível prosperar naquele ritmo.

Assim surgiu o projeto Flor de Lotus. A estilista foi parar num presídio de segurança máxima com suas agulhas e tesouras. Foram treinados 40 homens, que aos poucos foram tomando gosto pelo tricô e pela moda de uma maneira geral.

A unidade de produção da Doisélles atualmente se encontra dentro do pavilhão 1 da Penitenciária Professor Ariosvaldo de Campos Pires, em Juiz de Fora (MG). O projeto de capacitação está alinhado com a Lei de Execução Penal.

A produção é inspecionada por controle de qualidade tipo exportação e os 18 detentos que trabalham hoje para a grife estão presos sob regime fechado. Eles foram condenados por crimes que vão de assalto à mão armada a assassinato.

Conheça um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido com os detentos:

Lotus Flower Project from doisélles on Vimeo.