Diretor de Direitos Humanos diz ser absurdo proibir ‘Fora Temer’
A revista Brasileiros fez uma entrevista com o diretor de Direitos Humanos da OAB-SP, Martim de Almeida Sampaio. Nela, ele se mostra preocupado com a democracia do país.
Segundo ele, “Foi uma atrocidade o que aconteceu na Olimpíada, de proibir o “Fora, Temer”. Que tipo de governo é esse, que não permite que as pessoas se manifestem contra o presidente da república? Qual a qualidade de democracia desse governo? Nenhuma, se não deixa nem fazer uma manifestação de domingo com hora marcada”.
Vale lembrar que uma estudante perdeu a visão de um dos olhos durante uma manifestação contra Michel Temer ao ser atingida por estilhaços de uma bomba arremessada pela polícia. Estamos vivendo num período tão preocupante de intolerância que algumas pessoas justificaram este fato com a possibilidade dela ser a favor da depredação pública.
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Como já citamos aqui, o tenente-coronel Henrique Motta, que estava à frente da Polícia Militar nos atos contrários ao presidente Michel Temer em São Paulo, foi afastado do comando das manifestações, informou nesta quinta-feira, dia 8, o secretário de Segurança Pública do estado, Mágino Alves Barbosa Filho.
“O coronel pode ter a opinião dele, mas como ele é uma pessoa pública, não pode debochar e manifestar o antipetismo dele. Ele está deixando de ser mediador para tomar um dos lados. Se ele debocha das pessoas que são petistas, de antemão ele mostra que não serve para cumprir a função dele porque ele tem um comprometimento ideológico com o outro lado”, disse Martim de Almeida Sampaio.
Ainda, segundo ele, “Manifestações contra o governo terminam em borrachada, perda de um olho, até uma juíza saiu ferida. Não só isso, pessoas presas por averiguação. Essa prisão por averiguação era um instrumento da ditadura”.