Discurso de Meryl Streep no ‘Globo de Ouro’ é um alerta aos EUA
Na noite deste domingo, 8, a premiação do “Globo de Ouro 2017” foi marcada por um discurso eloquente da atriz Meryl Streep, homenageada com o Cecil B. DeMille Award, prêmio pelo conjunto da obra.
Vencedora de oito Globos de Ouro e três estatuetas do Oscar, a atriz não poupou críticas a Donald Trump em sua fala. Mas, claro, com muito bom humor e uma pitada de sarcasmo. “Hollywood está lotada de forasteiros e estrangeiros e, se os deportássemos, vocês não teriam nada para ver além de futebol e MMA”, claramente cutucando o presidente eleito dos EUA.
Ela citou diversos de seus colegas indicados na noite, nascidos nos Estados Unidos e em outros países. “Amy Adams nasceu em Vicenza, em Vêneto, na Itália. Natálie Portman nasceu em Jerusalem [em Israel]. Onde estão os certificados de nascença delas?”, perguntou, em alusão aos pedidos de Trump para ver os documentos de Barack Obama.
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Meryl Streep também criticou Trump por ter imitado uma jornalista com doença congênita. “Quando algo assim é feito por alguém poderoso, impacta a vida de todos, porque meio que dá a permissão para que outros façam a mesma coisa. Desrespeito convida desrespeito. Violência incita violência. Quando os poderosos usam sua posição para intimidar outros, todos nós perdemos.”
A atriz encerrou o discurso citando Carrie Fisher, que morreu no dia 27 de dezembro de 2016. “Como minha amiga, a querida princesa Leia, disse para mim uma vez: Pegue seu coração partido, e faça dele arte.”
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