Doria estuda se inspirar no modelo do Central Park pro Ibirapuera
O novo prefeito da cidade de São Paulo, João Doria, estuda a possibilidade de importar o modelo de gestão do Central Park, em Nova York, para o Parque Ibirapuera.
Em vez do parque ser privatizado apenas para uma empresa, ele seria consignado para um grupo de patrocinadores. O Central Park, por exemplo, é financiado em grande parte por doações de celebridades, bilionários e ONGs. A prefeitura fica com a responsabilidade de apenas 25% dos investimentos.
No parque americano é possível financiar melhorias, como o plantio de novas árvores ou ainda adotar um dos 9 mil bancos pelo valor de US$ 10 mil. Como brinde, o patrocinador ainda ganha o direito de ter seu nome gravado em uma placa.
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Doria (PSDB) pretende se inspirar nestes tipos de ações para o Ibirapuera, mas ainda há a possibilidade de acontecer uma concessão tradicional, com prazo de 10 anos ou mais de posse para uma única empresa.
OUTRO LADO
Segundo esta matéria da Exame, o urbanista Valter Caldana, diretor do curso de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, a ideia não seria uma boa solução. Leia a sua opinião:
“A questão não é quem vai administrar o papel higiênico, mas se o aspecto social do parque será mantido ou não. O usuário vai continuar se sentindo confortável?
Não temos a cultura americana da filantropia. Além disso, nossa experiência com concessões mostra que o interesse público acaba substituído pelo privado. Vamos passar a gestão para um ente privado só porque o banheiro tem problemas? Não acho que compense”.