Doria isenta cobrança de água e recomenda suspensão de missas e cultos
Isenção tem início a partir de abril, valerá por 90 dias e deve beneficiar cerca de 500 mil pessoas
Diante das inúmeras medidas para combater o avanço do coronavírus em todo o país, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a suspensão da cobrança de água para famílias de baixa renda.
Enquadram-se neste grupo indivíduos que pagam a tarifa social, e de tributos da dívida ativa estadual para todos os devedores. As medidas visam atenuar a crise econômica provocada pela proliferação da pandemia. A isenção tem início a partir de abril, valerá por 90 dias e deve beneficiar cerca de 500 mil pessoas.
Além disso, o mandatário fez um apelo a igrejas e templos da Grande São Paulo para que evitem a realização de missas e cultos. Sobretudo pelo fato de São Paulo registrar o maior número de casos no país, 240, dos quais 16 encontram-se em estado grave.
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Apesar do apelo, o tucano explicou que as insitituições não são obrigadas a fecharem as portas. “A recomendação é para que templos e igrejas evitem a partir de segunda-feira, 23, missas, cultos, celebrações e aglomerações. Isso não significa o fechamento dos templos para fazer as suas orações, apenas indica a recomendação, para que não promovam mais presencialmente missas e cultos.”
Igreja-empresa
Em entrevista à Veja, o deputado estadual Tenente Nascimento (PSL-SP), que também é pastor adjunto da Assembleia de Deus, rebateu a recomendação. “É preciso lembrar que as igrejas têm uma estrutura de empresa, tem muitos funcionários e atividades. Não é para trancar a porta das igrejas, mas para limitar as aglomerações ao máximo.”
Na última quarta-feira, 18, no entanto, o Ministério Público do Estado de São Paulo pediu ao governo e à prefeitura para o fechamento de serviços secundários como “religiosos, academias de ginástica, centros comerciais, bares e restaurantes”.
Álcool em gel
Em outra medida válida para o Estado, Doria afirmou que a Fundação Procon fará blitze para evitar que comerciantes vendam álcool em gel a preços abusivos. “Faremos ações com a Polícia Civil”, disse o presidente da fundação, Fernando Capez. Segundo Doria, supermercados se comprometeram a vender o produto pelo preço de custo, dada a importância do álcool em gel para a prevenção do coronavírus.