É presa freira acusada de escolher crianças para abuso sexual
Foi detida pelas autoridades argentinas a freira Kosaka Kumiko, que está envolvida em um escândalo de abuso sexual sistemático de crianças de 10 a 12 anos em uma instituição para crianças surdas na província de Mendoza. A freira, que estava foragida há mais de um mês em Buenos Aires, seria responsável por espancar e escolher crianças “submissas” para serem estupradas por padres.
A religiosa do Instituto Provolo foi levada ainda vestindo seu hábito e de colete à prova de balas para depor no tribunal de Mendoza. Segundo diversos depoimentos, ela participava dos crimes e ajudava a encobri-los, chegando até a fazer as crianças usarem fraldas para mascarar sangramentos.
O grande pivô do escândalo foi Nicolás Corradi, que chefiava o instituto Provolo e foi preso na Argentina em dezembro de 2016 após um acúmulo de denúncias que se tornou impossível de encobertar. Segundo as autoridades, pelo menos 20 crianças deficientes auditivas foram vítimas de Corradi e outros padres, acusados de “abuso sexual agravado com acesso carnal e sexo oral”.
- Menina de 27 dias morre após ser estuprada; Pai foi preso no enterro
- Homem é preso suspeito de estuprar filhas e enviar mensagens com teor sexual
- BBB 23: Ricardo revela ter sofrido abuso sexual na infância e desabafa
- Marilyn Manson é acusado de ter estuprado adolescente em 1995
O mais surpreendente é que, conforme informou o El País, Corradi foi levado para a Argentina pela Igreja justamente para afastá-lo de dezenas de acusações de estupro no Instituto Provolo da cidade italiana de Verona. Ele mais tarde contaria com a ajuda da freira, que era responsável por cuidar das 43 crianças que dormiam lá em 2007, quando ela chegou ao instituto.
Os casos de abuso chegaram até a justiça argentina em 2008, mas o caso foi arquivado, até ser novamente aberto conforme novas denúncias vieram à tona. Kumiko alega que é inocente e que não tinha conhecimento de que abusos aconteciam.