Eduardo Bolsonaro ataca jornalista da Folha com insinuações sexuais
Filho de Bolsonaro usou falsa declaração contra a jornalista Patrícia Campos Mello
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou o plenário da Câmara nesta terça-feira, 11, para atacar a repórter Patrícia Campos Mello, da Folha.
O filho do presidente usou um trecho do depoimento de Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa, à CPMI das Fake News que insinuou que a jornalista troca sexo por informações.
“Eu não duvido que a senhora Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha, possa ter se insinuado sexualmente, como disse o senhor Hans, em troca de informações para tentar prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro”, disse Eduardo.
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A jornalista Patrícia Mello Campos é uma das responsáveis pela série de reportagens da Folha que revelou a contratação de empresas de envio de mensagens de WhatsApp contra o candidato do PT nas eleições presidenciais de 2018, Fernando Haddad.
A Folha saiu em defesa da jornalista e relatou como ela fez a reportagem citada no depoimento de Hans Nascimento à CPMI.
“Em dezembro daquele ano, reportagem da Folha, baseada em documentos da Justiça do Trabalho e em relatos de Hans, mostrou que uma rede de empresas, entre elas a Yacows, recorreu ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo de lotes de mensagens em benefício de políticos”, diz a reportagem.
Depoimento à CPMI
Em depoimento à CPMI das Fake News nesta terça-feira, 11, Hans Nascimento disse que a jornalista Patrícia Mello Campos teria se insinuado sexualmente para ele em troca de informações sobre o esquema de disparo de mensagens falsas.
“Eu vou deixar mais claro, mas muito mais claro, porque eu acho que não fui muito direto nessa situação da jornalista. Ela queria sair comigo, eu não dei interesse para ela, ela parou na porta da minha casa e se insinuou para entrar na minha casa com o propósito de pegar a minha matéria, ela se insinuou para entrar, e eu ainda falei que não podia entrar na minha casa, ela queria ver o meu computador”, disse Hans