Eduardo Bolsonaro relaciona feminicídio ao porte de armas e paga mico
Não precisa ser nenhum gênio para saber que o que o deputado falou é um absurdo. Com o perdão do trocadilho, ele deu um verdadeiro tiro no pé
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) passou vergonha nesta quinta-feira, 13, ao relacionar feminicídio com o porte de armas em post feito no Twitter.
Na tentativa de convencer seu eleitorado que o porte de armas poderia diminuir os números de feminicídio do Brasil, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu um tiro no próprio pé.
O que o porte de armas nos EUA tem a ensinar para o Brasil?
“Por um lado reclamam do feminicídio, alegam que homem é mais forte e subjuga a mulher. Por outro querem impedir as mulheres de ter arma. Vai entender a cabeça de esquerdista”, escreveu o político.
Ora, não precisa ser nenhum gênio para saber que o porte de armas não vai garantir segurança à mulher dentro de casa. Estudo assinado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre o Atlas da Violência no Brasil mostra que, entre 2007 e 2017, o assassinato de mulheres por arma de fogo aumentou mais dentro do que fora de casa: 30% dentro de casa e 17,5%, fora.
Quando Eduardo Bolsonaro defende o porte de armas para mulheres, ele não está preocupado com a segurança da mulher. Ele está preocupado simplesmente em assinar o decreto. Tenta persuadir seu eleitorado com a justificativa torpe de uma suposta proteção feminina. Balela! Os dados estão aí para provar que, quando se tem arma de fogo envolvido, a que mais se prejudica é a mulher.
A afirmação de Eduardo Bolsonaro, com o perdão do trocadilho, saiu como um verdadeiro tiro no pé do parlamentar. E os internautas não deixaram passar batido:
https://twitter.com/maiahecttor/status/1139232034960957440
https://twitter.com/MouraoGal/status/1139250512019238912