‘Ele não gosta de gente’, diz Benedita da Silva sobre Bolsonaro
A ex-governadora liderou grupo que entregou pedido de investigação na PGR contra o deputado pela prática de racismo
Deputados federais e representantes do movimento quilombola protocolaram na Procuradoria-Geral da República (PGR) na tarde desta quinta-feira, dia 6, representações contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por racismo.
Em uma palestra no clube Hebraica do Rio na quarta-feira, Bolsonaro fez declarações racistas e machistas. Ele afirmou, por exemplo, ter ido a um quilombo e que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles”.
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A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que participou da Constituinte e foi a primeira governadora negra do Brasil, liderou a comitiva que foi à PGR e falou com jornalistas sobre o caso.
Em vídeo divulgado em seu perfil no Facebook, ela afirmou que a Procuradoria vai dar todo o respaldo necessário para que o deputado seja punido. “Não podemos deixar pra lá. Não é a primeira vez que ele faz coisas dessa natureza. Ele não gosta da gente negra. Ele não gosta da gente mulher. Ele não gosta da gente LGBT. Ele não gosta de gente.”
Cabe agora à Procuradoria apurar as denúncias, levar o caso ao Supremo Tribunal Federal para que o deputado, que tem pretensões de se candidatar à Presidência no ano que vem, seja julgado pelo crime de racismo, que é imprescritível e inafiançável.
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