Eleição pode ser anulada se sofrer influência de fake news
A menos de seis meses para as eleições de outubro, uma coisa é certa: estamos prestes a testemunhar a primeira corrida presidencial das fake news disseminadas via internet. (Com informações do jornalista Daniel Weterman, do jornal O Estado de S. Paulo).
E justamente por isso, recentemente, em um debate sobre o assunto, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, comentou sobre as medidas preventivas e punitivas que serão adotadas contra a divulgação de notícias falsas nas redes sociais.
Ressaltou que, caso um candidato seja eleito em função da divulgação de notícias falsas, sua candidatura poderá ser cassada e a eleição, consequentemente, anulada. “Uma propaganda que visa destruir candidatura alheia pode gerar uma configuração de abuso de poder que pode levar a uma cassação”, disse Fux – e completou: “Se o resultado da eleição for fruto de uma fake news capaz de ter essa expressão, anula a eleição”.
Cruzada contra fake news
No evento realizado na sede da revista Veja, em São Paulo, Fux revelou a criação de um comitê de inteligência de imprensa para acompanhar o processo eleitoral, afim de evitar a disseminação de notícias falsas. O grupo ainda contará com a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Exército e a Polícia Federal.
Em meio à “cruzada” contra a divulgação de fake news, Fux revelou que o TSE convidou uma empresa estrangeira acusada de propagar falsas notícias no Brasil para prestar esclarecimentos. “Vamos convidar para depoimento, buscar e apreender equipamentos e instaurar procedimentos”, ressaltou o ministro.
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