Eleições 2018: urna eletrônica terá novo layout

Apresentadas no Tribunal Superior Eleitoral, novas urnas eletrônicas irão imprimir o voto

O protótipo da nova urna eletrônica brasileira foi apresentada na manhã desta quinta-feira (4) aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A estimativa é que 35 mil urnas desse novo modelo – criado para se adaptar ao voto impresso – sejam utilizadas em todo o país a partir das eleições de 2018.

O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, explica que nem todas as urnas serão substituídas por razão do custo elevado que isso implicaria. Ao todo, são 600 mil urnas utilizadas em todo o país.

“Se fossemos substituir todas as nossas urnas pelas novas, seria algo em torno de R$ 2 bilhões. Num momento de entressafra em termos orçamentários, isso não é ideal”, diz.

A impressão do voto foi determinada por uma nova legislação aprovada no Congresso Nacional

O novo equipamento funciona em módulos, permitindo que a máquina seja desmontada e ocupe um espaço menor na caixa de armazenamento, facilitando o transporte.

Na região da Amazônia, por exemplo, que exigiria por volta de três viagens de avião ou de helicóptero para locais de longa distância, haverá uma redução de 45% do espaço a ser ocupado na aeronave, permitindo diminuir para duas ou até mesmo uma única viagem.

As urnas utilizadas atualmente custam US$ 600 (em torno de R$ 1900) para serem fabricadas. O novo modelo, por sua vez, sairá em torno de US$ 800 (R$ 2500).

Críticas ao novo modelo

Para o ministro Luiz Roberto Barroso, o voto impresso é um retrocesso. “O sistema se tornou seguro suficiente e acho que o voto impresso pode trazer dificuldades inclusive de eventual confronto entre o voto eletrônico e o voto impresso”, diz.

“Na vida, a gente deve trabalhar para minimizar o risco de problemas e não para aumentá-los. A sabedoria não é vencer os problemas, mas evitá-los quando possível”.

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