Em quatro episódios, série retrata legado da “Paulista Aberta”

Um ano e três meses depois da inauguração do projeto, documentário registra o legado da "Paulista Aberta" para a maior cidade da América Latina

10/10/2016 12:05

“Desde pequenos somos educados que a rua é lugar de carro. Somos afastados das ruas para dar lugar aos carros.” A afirmação é de Ana Carolina Nunes, do SampaPé, idealizador do webdocumentário “Paulista Aberta pelas Pessoas”, de Diego Monteiro, disponível no Youtube.

“Quero retratar uma questão maior, de como conseguimos fazer um negócio tão legal e o que isso nos ensina para replicarmos a experiência”, comenta Monteiro ao adiantar que sua intenção é lançar, de forma recorrente, documentários sobre temas atuais.

No dia 28 de junho de 2015, a Avenida Paulista recebeu milhares de pessoas na inauguração da ciclovia
No dia 28 de junho de 2015, a Avenida Paulista recebeu milhares de pessoas na inauguração da ciclovia

“O que me chamou atenção é que, em um momento de grande acirramento político que o País vive, a população de São Paulo empoderada conseguiu emplacar um projeto tão bacana que conquistou popularidade”, completa.

Como protagonistas do documentário estão líderes dos movimentos Minha Sampa e SampaPé, que durante um ano se mobilizaram pela concretização do projeto.

Também participam dos episódios os vereadores Ricardo Young (Rede Sustentabilidade), Gilberto Natalini (PV), Nabil Bonduki (PT) e Mario Covas Neto (PSDB), para explicar suas atuações, pró ou contra, diante do projeto.

Do total de mais de 20 horas de gravação, o material foi dividido nos seguintes temas: apresentação do projeto Paulista Aberta, histórico, cidades inteligentes e engajamento político da população. E não para por aí, porque as perguntas deixadas nos comentários serão pesquisadas e respondidas em um vídeo à parte.

“Meu grande objetivo é conseguir responder a tese de que as pessoas conseguem se mobilizar e, só a partir disso, é possível mudar os rumos da história de uma cidade sem depender necessariamente de políticos ou tê-los como ponto de partida”, pontua Monteiro ao defender a ideia de que nem sempre um político é o grande responsável por este tipo de mudança, uma vez que a mobilização popular também pode conseguir grandes transformações. “Ainda que eu tenha conversado com vereadores, este não é um documentário político, mas sim sobre engajamento popular”, finaliza.