Em viagem de avião, deputado Jair Bolsonaro afirma ter sofrido “heterofobia”

"O que aconteceria se um homossexual fosse humilhado em voo da Tam?", pergunta o deputado carioca nas redes sociais

Conhecido por suas declarações de caráter preconceituoso e, sobretudo, homofóbico, o deputado Jair Bolsonaro (PP) é considerado um símbolo entre as vozes mais conservadoras do cenário político brasileiro nos dias atuais.

Na última terça-feira, 7 de abril, o deputado publicou um texto em seu Facebook , afirmando ter sido “humilhado” durante um voo  entre Rio de Janeiro e Brasília pelo deputado Jean Wyllys (PSOL), que se recusou a se sentar ao seu lado no avião.

Na postagem, acompanhada de um vídeo, ele registra o momento em que Jean Wyllys transfere-se de sua poltrona para outro lugar mais – o que de acordo com o deputado do PP, isso teria sido uma demonstração de “heterofobia” .

Em sua análise, caso ele tivesse optado pela mudança de lugar, a atitude se configuraria como crime de homofobia, justificando ainda que ““pelo PLC 122/2006 (Senado), que criminaliza a homofobia, estaria sujeito à pena de 1 a 3 anos de reclusão, além da perda do mandato e o fato seria noticiado pela maioria dos telejornais”.

Professor é denunciado por homofobia na faculdade direito da UFMG

Na Universidade Federal de Minas Gerais, as afirmações homofóbicas de um professor de curso de Direito geraram revolta entre alunos e outros docentes da instituição, que pediram seu afastamento.

Durante aula do quinto período, o desembargador José Marcos Rodrigues expressado que “graças a Deus existe um pouco de heterossexualidade no Direito”, além de condenar o beijo entre duas atrizes na novela “Babilônia”.
Após as declarações, inúmeros alunos decidiram se retirar da sala de aula e foram chamados de “vagabundos”. No Facebook, uma das estudantes reclamou da postura do professor e sofreu ameaças de processo, segundo relatos dos alunos.

O documento entregue no início da semana à reitoria denuncia a conduta do desembargador José Marcos Rodrigues Vieira, professor da UFMG há 35 anos, e pede também a responsabilização do diretor da Faculdade, Fernando Gonzaga Jayme, do vice-diretor Aziz Tuffi Saliba e da coordenadora da graduação, Yaska Fernanda de Lima Campos, por terem supostamente tentado acobertar as denúncias.