Em vídeo, mãe do jogador Daniel pede justiça pela morte do filho
Na gravação, Eliana Corrêa revela sofrimento pela perda do filho, que foi brutalmente assassinado aos 24 anos
Eliana Corrêa, mãe do jogador Daniel Corrêa, que foi brutalmente assassinado no dia 27 de outubro, divulgou um vídeo em que pede justiça pelo crime.
Na gravação disponibilizada para alguns veículos de imprensa, Eliana pergunta quem vai cuidar da filha do atleta, que tem apenas um ano de idade.
“Eu gostaria de pedir justiça para estas pessoas que fizeram o meu filho sofrer. Torturaram ele! Não quero que eles fiquem soltos. Quem faz com um, faz com outros. Eles podem fazer outra família sofrer, outra mãe sofrer. Se a mãe que auxiliou nesta barbaridade quer ser solta para cuidar da filha, quem vai cuidar da filha do meu filho? Vocês tiraram a vida dele. Ela é uma criancinha que vai crescer sem pai”, desabafou.
- Suzane von Richthofen vai lucrar com novo filme? Roteirista esclarece
- Novo filme retrata fechamento do Caso Richthofen; saiba onde assistir
- Justiça da Itália pede que Robinho cumpra pena no Brasil
- Estudante é estuprada e morta em festa de calouros da UFPI
A matriarca do jogador diz ainda que, “apesar da idade” de Daniel [24 anos], ela “cuidava” dele. “Como vou cuidar dele [agora], se elas tiraram a vida dele? Então, eu peço justiça. Deixem estas pessoas ficarem na cadeia, para que eles não façam outra família sofrer o que estou sofrendo”, declarou Eliana.
“Já que não posso ter meu filho de volta, eu gostaria de pedir que essas pessoas sejam punidas no maior rigor da lei, e que a honra de meu filho seja preservada”.
Até o momento, a polícia de São José dos Pinhais, no Paraná, cidade onde o crime aconteceu, prendeu sete pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de Daniel Corrêa: Edison Brittes, réu confesso no caso; Cristiana e Allana Brittes, esposa e filha respectivamente do empresário; Eduardo Purkote, Ygor King, David William Vellero da Silva e Eduardo Henrique da Silva.
Três dos sete suspeitos entraram com pedido para responder ao processo em liberdade: Cristiana e Allana Brittes, mãe e filha respectivamente; e Eduardo Purkote.
Morte
Daniel Corrêa foi encontrado morto com sinais de tortura no último dia 27 de outubro em um matagal de São José dos Pinhais, no Paraná. O responsável pelo crime também cortou fora o pênis do atleta.
Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no estado, e depois à Justiça, o empresário Edison Brittes assumiu autoria do crime e declarou que, na ocasião, “não pensava em nada”, “não sabia que ia fazer aquilo” e afirmou estar “desesperado, fora” de si.
Brites contou que o crime teria sido motivado após o jogador tentar estuprar sua esposa, Cristiana Brittes, dentro do quarto da mesma. Para adentrar o recinto, ele precisou arrombar a porta.
No entanto, testemunhas desmentem o arrombamento e, segundo o delegado da Polícia Civil da cidade, Amadeu Trevisan, a vítima não tentou abusar sexualmente Cristiana.
“Confrontando as mensagens que Daniel trocou com amigos e os depoimentos, parece que Daniel só fez uma brincadeira infeliz, mas não há indícios de tentativa de estupro”, disse o delegado.
Inquérito
O delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevisan, entregou o inquérito do caso ao Ministério Público do Paraná na quarta-feira, 21.
Trevisan informou que indiciará Edison Brittes e outros três suspeitos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver pela morte de Daniel. Já Cristiana Brittes, e Allana Brittes, responderão por coação de testemunha e fraude processual. Eduardo Purkote foi indiciado por lesões graves contra o atleta.