Emas da Presidência morrem após alimentação inadequada na gestão Bolsonaro
Duas aves, que eram alimentadas com arroz e milho misturados com ração, morreram com obesidade
Duas emas que viviam na Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidência, morreram em janeiro. A causa da morte seria excesso de gordura visceral, abdominal e no fígado das aves.
Após assumir os palácios presidenciais, o novo governo identificou que os animais foram alimentados com restos de comida de humanos durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo informações obtidas pelo portal UOL, documentos do Ibama e da Casa Civil mostram que as emas não estavam tendo acompanhamento veterinário e nem instalações adequadas.
Além disso, o governo federal aponta que a gestão Bolsonaro destinou apenas um terço do orçamento anual necessário para a manutenção das aves.
A autópsia preliminar das duas emas identificou o quadro de gordura em excesso. O laudo final, porém, sairá em até três semanas.
Avaliação dos animais
Em 6 de janeiro, a pedido da primeira-dama Janja da Silva, houve uma avaliação dos animais nas residências. De acordo com o relatório, a maioria apresentava “bom estado geral de saúde”, mas dizia que as aves não foram vacinadas contra a doença de Newcastle.
Segundo os técnicos que acompanharam tanto o processo de avaliação quanto a autópsia das emas, a mortes podem ter sido “desencadeadas provavelmente pelo mau manejo alimentar durante os últimos anos”. Pois, ainda de acordo com eles, as aves eram alimentadas com arroz e milho junto à ração.
O texto também destaca que é necessário realizar uma “adequação nas instalações”, porque os problemas das instalações inviabilizavam cuidados básicos dos bichos e até a segurança para reprodução.
Para ficarem em ambientes corretos e evitar novas mortes, alguns animais foram encaminhados ao Zoológico de Brasília, acompanhados pelo Ibama.
Por fim, o atual governo informou que já está seguindo a avaliação para cuidar dos bichos de forma adequada.