Emicida lança clipe com mulheres que tiveram filhos mortos por PM
O rapper paulistano Emicida divulgou nesta quarta-feira, dia 31, o videoclipe da música “Chapa”, em parceria com as Mães de Maio e com a participação das Batucaderas do Terreiro dos Orgãos. O vídeo reúne cinco mulheres que tiveram filhos mortos pela Polícia Militar e traz dados sobre a violência do Estado.
Parte do disco “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”, a canção retrata a saudade e a ânsia do retorno de um ente querido. “Chapa, desde que cê sumiu / Todo dia alguém pergunta de você / Onde ele foi? Mudou? Morreu? Casou? / Tá preso, se internou, é memo? Por quê?”, diz o início da letra.
Em entrevista à Ponte Jornalismo, Emicida disse que a ideia inicial não era ter uma música direcionada às famílias vítimas da violência. “No entanto, a música representa essas pessoas [brasileiras]. Normalmente, e até penso isso nos shows, quando canto uma música, homenageio uma ou outra pessoa. Em ‘Chapa’, eu penso em todos nós. Porque cada um pode ser um chapa”, afirma o rapper.
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Assista ao vídeo:
Confira a letra da música na íntegra:
Chapa – Emicida
Chapa, desde que cê sumiu
Todo dia alguém pergunta de você
Onde ele foi? Mudou? Morreu? Casou?
Tá preso, se internou, é memo? Por quê?
Chapa, ontem o sol nem surgiu, sua mãe chora
Não da pra esquecer que a dor vem sem boi
Sentiu, lutou, ei “Jhow” ilesa nada,
Ela ainda tá presa na de que ainda vai te ver
Chapa, sua mina sorriu, mas era sonho
Quando viu, acordou deprê
Levou seu nome pro pastor, rezou.
Buscou em tudo, Face, Google, IML, DP
(E nada)
Chapa, dá um salve lá no povo
Te ver de novo faz eles reviver
Os pivetin’ na rua diz assim:
Ei tio, e aquele zica lá que aqui ria com nóiz, cadê?
Chapa pode pá, to feliz de te trombar
Da hora, mas deixa eu fala prucê
Isso não se faz, se engana ao crê
Que ninguém te ame e lá
Todo mundo temendo o pior acontecer
Chapa, então fica assim, jura pra mim que foi
E que agora tudo vai se resolver
Já serve, e eu volto com o meu peito leve
Até breve, eu quero ver sua família feliz no rolê
Mal posso esperar o dia de ver você
Voltando pra gente
Só voz avisar o quanto ama-te
Você de um riso contente
Vai ser tão bom, tipo São João
Vai ser tão bom, que nem reveillon
Vai ser tão bom, Cosme e Damião
Vai ser tão bom, bom, bom
Chapa, desde que cê sumiu
Todo dia alguém pergunta de você
Onde ele foi? Mudou? Morreu? Casou?
Tá preso, se internou, é memo? Por quê?
Chapa, ontem o sol nem surgiu, sua mãe chora
Não da pra esquecer que a dor vem sem boi
Sentiu, lutou, ei “Jhow” ilesa, nada
Ela ainda tá presa na de que ainda vai te ver
Chapa, sua mina sorriu, mas era sonho
Quando viu, acordou deprê
Levou seu nome pro pastor, rezou.
Buscou em tudo, Face, Google, IML, DP
(E nada)
Chapa, dá um salve lá no povo
Te ver de novo faz eles reviver
Os pivetin’ na rua diz assim:
Ei tio, e aquele zica lá que aqui ria com nóiz, cadê?
Chapa pode pá, to feliz de te trombar
Da hora, mas deixa eu fala prucê
Isso não se faz, se engana ao crê
Que ninguém te ame e lá
Todo mundo temendo o pior acontecer
Chapa, então fica assim, jura pra mim que foi
E que agora tudo vai se resolver
(Vô menti prucê não mano
Às vez eu acho de bobeira um retrato lá em casa
Olho não aguenta não, enche de água)
Mal posso esperar o dia de ver você
Voltando pra gente
Só voz avisar o quanto ama-te
Você de um riso contente
Vai ser tão bom, tipo São João
Vai ser tão bom, que nem reveillon
Vai ser tão bom, Cosme e Damião
Vai ser tão bom, bom, bom