Empresa gaúcha lança 1ª calcinha absorvente para PcDs
Com o uso de calcinhas absorventes, o impacto de geração de lixo é reduzido drasticamente
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que existem quase 20 milhões de brasileiros com deficiência. Apesar disso, a oferta de produtos que atendam com eficiência esta parcela da população não acompanha este número.
Foi pensando em atender mulheres com algum tipo de deficiência, que empresa gaúcha Herself, lançou a primeira calcinha absorvente adaptada do país.
A coleção para PcDs (Pessoas com Deficiência), foi co-criada com duas clientes com deficiência motora que participaram do processo do início ao fim.
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“Acreditamos que a menstruação não deve ser um limitante para ninguém. Isso começa especialmente na modelagem que temos -que veste do 30 ao 60- e agora, com uma opção que atende também pessoas com deficiência.” Conta Raissa Assman Kist, fundadora e CEO da marca, que nasceu em 2017.
A escolha por calcinhas absorventes não é por acaso. Segundo dados da Women’s Environmental Network, uma única mulher usa mais de 9 mil produtos menstruais descartáveis ao longo da sua vida menstrual.
Com o uso de calcinhas absorventes, o impacto de geração de lixo é reduzido drasticamente, e, em cerca de três anos, se estima um gasto 50% menor usando calcinhas absorventes se comparado com protetores descartáveis.
O lançamento conta com um mix de produtos, como top com abertura frontal, toalha absorvente com velcro para fixar na cadeira de rodas e calcinha absorvente com abertura lateral –que faz toda a diferença, pois proporciona conforto e autonomia às pessoas com deficiência que menstruam.
Impacto social
A Herself também investe em ações de impacto social e busca, entre seus objetivos, a luta por equidade de gênero, dignidade menstrual e valorização das singularidades.
A Herself Educacional deu origem à Escola da Menstruação. Baseada na autonomia e na visão positiva sobre o corpo, ela busca democratizar o conhecimento sobre educação menstrual e já impactou a história de mais de 1.200 meninas e mulheres.
A cada curso vendido, disponibilizam uma ação gratuita às crianças, adolescentes e/ou adultos em situação de vulnerabilidade. Em 2020 inaugurou a Casa da Menstruação (loja física e espaço de trocas e eventos) e iniciou sua expansão para a América Latina, começando pelo Uruguai.