Empresário assume responsabilidade por vídeo pró-golpe militar

Osmar Stabile é declarado eleitor do presidente Jair Bolsonaro

O empresário paulista, Osmar Stabile, declarado eleitor do presidente Jair Bolsonaro (PSL), assumiu, nesta terça-feira, 2, ser o responsável pela gravação do vídeo que exalta o golpe militar de 1964 e a ditadura militar que foi divulgado pela Presidência da República, no último domingo, 31.

O empresário paulista, Osmar Stabile, assumiu ser o responsável pela gravação do vídeo que exalta o golpe militar de 1964 divulgado pela Presidência da República
Créditos: Reprodução/Facebook
O empresário paulista, Osmar Stabile, assumiu ser o responsável pela gravação do vídeo que exalta o golpe militar de 1964 divulgado pela Presidência da República

Osmar Stabile disse, em nota enviada ao portal Congresso em Foco, que financiou a produção do vídeo por sua iniciativa e com seu dinheiro. Ele disse que é um “entusiasta do contragolpe preventivo”, pois, segundo ele, é “assim que boa parte que os historiadores sem ideologias pré-concebidas enxergam ‘1964’”.

De acordo com o advogado do empresário Piraci Oliveira, Stabile nunca esteve com Bolsonaro e que não enviou o vídeo para o Planalto. “O vídeo foi encaminhado para grupo de amigos. Ele faz vídeos desse tipo. Não há qualquer relação com o governo. Ele nunca esteve com o presidente. Não há dinheiro público envolvido nem qualquer relação com o Estado”, disse Piraci ao Congresso em Foco.

Em sua nota, Stabile alega que agiu como qualquer cidadão “quite com suas obrigações constitucionais e legais”. “Tenho o total direito de expor minha opinião de forma livre”, defende. “Não pretendo fazer revisionismo histórico algum com o meu vídeo. Só tive e tenho a intenção de mostrar a outra face da moeda”, afirmou.

A autoria do vídeo virou uma questão porque a Secretaria de Comunicação da Presidência, que divulgou o conteúdo, em grupos de Whatsapp, não assumiu a autoria. O Planalto se recusou a dizer quem havia feito a gravação, e muito menos quem autorizou seu envio. O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, não quis comentar o assunto e deu a discussão por encerrada. Já o vice-presidente Hamilton Mourão atribuiu a divulgação ao presidente Jair Bolsonaro.