Empresário é condenado a pagar multa por fake news sobre Jean Wyllys

Otávio Fakhoury associou, em redes sociais, o ex-deputado a atentado a Jair Bolsonaro

02/08/2020 16:22

Um dos fundadores do Aliança pelo Brasil, grupo que pretende se tornar partido político, Otávio Fakhoury foi condenado a pagar multa de R$ 41,8 mil e a realizar uma retratação pública por se envolver em uma campanha difamatória contra ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ).

Jean Wyllys de Matos Santos é ex-deputado federal pelo PSOL do Rio
Jean Wyllys de Matos Santos é ex-deputado federal pelo PSOL do Rio - Wilson Dias/ Agência Brasil

A ação de Wyllys, enviada em maio, inclui, além de Fakhoury, outros apoiadores e dos filhos de Jair Bolsonaro (sem partido) –Carlos e Eduardo. Bolsonaristas usaram as redes sociais para compartilhar uma suposta relação entre o ex-deputado e Adélio Bispo, autor da facada ao então candidato à presidência.

O empresário, que terá que pagar  multa diária de R$ 10 mil caso descumpra a ordem, comentou que pretende ir até a última instância para derrubar a decisão.

Adélio deu uma facada em Bolsonaro durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, quando Bolsonaro ainda era candidato à presidente.

O inquérito da Polícia Federal (PF) que apura o atentado contra Bolsonaro concluiu que Adélio agiu sozinho.

Inimputável

O presidente Jair Bolsonaro não recorreu da decisão da Justiça Federal no processo que considerou inimputável Adélio Bispo de Oliveira, e o caso foi encerrado. O Ministério Público também não recorreu, com isso a sentença transitou em julgado, ou seja, estão esgotados os prazos para recursos.

 
  - Divulgação/2° BP-MG

A 3ª Vara Federal, em Juiz de Fora divulgou que não cabe mais qualquer recurso da decisão que considerou Adélio Bispo de Oliveira inimputável e impôs medida de segurança de internação por prazo indeterminado.

A sentença indicando que Adélio tem Transtorno Delirante Persistente e não pode ser punido criminalmente foi dada no dia 14 de junho de 2019. No dia 17, o Ministério Público Federal (MPF) foi intimado, mas não apresentou recurso.

Então, foi a vez do presidente, no dia 28 de junho. Mas Bolsonaro também não recorreu no prazo. E por último, a defesa do réu, intimada da sentença, renunciou ao prazo dado.