Empresários ligados ao MBL são presos por lavagem de dinheiro

Ministério Público de SP investiga movimentação de R$ 400 milhões de empresas ligadas ao MBL

10/07/2020 10:21

Dois empresários ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre) foram presos na manhã desta sexta-feira, 10, em São Paulo, em uma operação contra lavagem de dinheiro.

De acordo com o Ministério Público, Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan) são investigados pelo desvio de mais de R$ 400 milhões de empresas.

Dois integrantes do MBL são presos em SP durante operação
Dois integrantes do MBL são presos em SP durante operação - Divulgação /Polícia Civil

Ao todo, são cumpridos seis mandados de buscas e apreensão e dois de prisão na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista, no interior do estado.

A sede do MBL, na Vila Mariana, zona sul da capital, é alvo de buscas pelos agentes.

A operação do MP, batizada de “Juno Moneta” –referência ao antigo templo romano onde as moedas romanas eram cunhadas– é realizada em parceria com a Polícia Civil e a Receita Federal.

O Ministério Público afirma que a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais.

Em nota, o MBL afirma que Alessander e Carlos Augusto nunca foram membros do movimento.

Ligação com o MBL

De acordo com o Ministério Público, existe uma “confusão jurídica empresarial” entre as empresas Movimento Brasil Livre e o MRL (Movimento Renovação Liberal).

O MBL teria recebido doações de forma oculta através da plataforma Google Pagamentos – que desconta 30% do valor, ao invés de receber doações diretas na conta.

Segundo o MP, Alessander Monaco Ferreira é investigado por grande movimentação financeira incompatível, além da criação e sociedade em duas empresas de fachada. Ele realiza doações suspeitas ao movimento através da plataforma Google.

“Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento. Uma notícia veiculada de maneira errônea por um portal criou tal confusão”, diz o MBL em nota

Hora do textão!

Posted by MBL – Movimento Brasil Livre on Friday, July 10, 2020