Enem 2019 não terá questões polêmicas e ideológicas, segundo MEC
Temáticas LGBTQ, feminismo, entre outras, estão fora do exame, consideradas inapropriadas pelo governo bolsonarista
Abraham Weintraub, Ministro da Educação (MEC), afirmou que as provas do Enem 2019 não abordarão questões consideradas “polêmicas” e “ideológicas”. A declaração foi feita em um vídeo na página do Facebook de Jair Bolsonaro.
O governo do atual presidente não esconde sua insatisfação com as últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio. Questões que consideram como “ideologia de esquerda” não devem ser matéria de prova. “Estudem, estudem para valer. E estudem coisas sem direcionamento ideológico”, disse o novo ministro.
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Após a reformulação do Enem, o exame passou a cobrar mais a interpretação de texto e o conhecimento interdisciplinar do conteúdo.
“Foquem mais na técnica de escrever, interpretação de texto, foquem muito em matemática, ciências… em realmente no aspecto que a gente quer desenvolver: o conhecimento científico, a capacidade da pessoa de desenvolver novas habilidades”, completou Weintraub.
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A edição de 2018 do Enem 2018 abordou questões como Linguagens e Códigos sobre o vocabulário LGBTQ com origem no dialeto pajubá e, em 2015, o feminismo sob a temática Ciências Humanas, a partir de um texto de Simone Bevouir.
Considerados “polêmicos” e “ideológicos” pelo governo bolsonarista, esses exemplos, e tantos outros temas de suma importância para a construção de um cidadão, passam a não mais fazer parte do exame.