Entregador é preso suspeito de participar de estupro coletivo

O crime aconteceu no dia 24 de outubro em Praia Grande, no litoral sul do estado

05/11/2021 15:50

Policiais Civis de São Paulo prenderam um entregador de comida por aplicativo suspeito de participar do estupro coletivo de uma jovem de 24 anos em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

De acordo com a delegada Lyvia Bonella, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, o rapaz negou o abuso. Ele teria participado do estupro coletivo após deixar um pedido na casa onde os outros suspeitas estavam com a jovem. O crime ocorreu no dia 24 de outubro.

Policiais durante operação para prender suspeitos de estupro coletivo em Praia Grande (SP)
Policiais durante operação para prender suspeitos de estupro coletivo em Praia Grande (SP) - Divulgação/Polícia Civil

“Os abusadores pediram comida por aplicativo, e veio um motoboy entregar. Ele foi convidado a participar dos atos abusivos que a vítima estava sofrendo. E ele, segundo três presos, foi lá e participou, e a vítima o reconheceu”, disse a delegada em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo.

De cinco suspeitos presos, três confessaram que mantiveram relações sexuais com a vítima, mas alegaram que foi consentido, e que ela estava embriagada.

Os suspeitos vão responder por estupro de vulnerável, com aumento de pena pelo fato de ter sido coletivo.

Como agir em caso de estupro

É importante lembrar que o crime de estupro é qualquer conduta, com emprego de violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de consentimento da vítima. Portanto, forçar a vítima a praticar atos sexuais, mesmo que sem penetração, é estupro (ex: forçar sexo oral ou masturbação sem consentimento).

Uma pessoa que tenha passado por esta situação normalmente encontra-se bastante fragilizada, contudo, há casos em que a vítima só se apercebe do ocorrido algum tempo depois. Em ambos os casos, é muito importante que a vítima tenha apoio de alguém quando for denunciar o ocorrido às autoridades, pois relatar os fatos costuma ser um momento doloroso. Infelizmente, apesar da fragilidade da vítima é importante que ocorra a denúncia para que as autoridades possam tomar conhecimento do ocorrido e agir para a responsabilização do agressor.

Antes da reforma do Código Penal em setembro de 2018, alguns casos de estupro só podiam ser denunciados pela própria vítima. Isso mudou, o que significa que se outra pessoa denunciar um estupro e tiver provas, o Ministério Público poderá processar o caso mesmo que o denunciante não tenha sido a própria vítima. Saiba como denunciar casos de assédio sexual ou estupro.