Escola é questionada sobre professor trans e resposta repercute
A invertida do colégio viralizou nas redes sociais
A Escolinha Maria Felipa de Educação Infantil, de Salvador, na Bahia, virou assunto nas redes sociais nesta terça-feira, 19, após publicar a resposta que deu a uma mãe que questionou o colégio sobre a contratação de um professor trans.
A mulher, que buscava uma escola para o filho, enviou uma mensagem pelo WhatsApp perguntando se havia um docente trans na instituição. A resposta positiva veio seguida de um questionamento. “Não que eu concorde, mas você não acha que isso pode ter diminuído o número de matrículas de vocês?”, escreveu a mãe.
Em seguida, a diretoria da escola rebateu: “Quem acha que uma pessoa trans, apenas por ser trans, não pode educar seu filho, não merece a nossa escola”.
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O print com a conversa foi compartilhado pelo colégio nas redes sociais, acompanhado da legenda: “Nosso interesse é lutar e construir pela via da educação o mundo que acreditamos. Não negociamos nossos sonhos”.
O professor contratado Escolinha Maria Felipa é Bruno Santana, primeira pessoa trans a se formar em educação física na Universidade de Feira de Santana (Uefs).
Em entrevista ao Metro1, o docente declarou: “Acredito que a postagem viralizou justamente por conta das que resistem. Das pessoas que seguem… Ao contrário do que pensam, somos maioria e tem muita gente que assim como eu, acredita no poder transformador da educação, que apoia e luta por uma educação para além do capital, dos retrocessos e dos fascismos. Pessoas que existem e resistem em meio a todos os descasos e retiradas de direitos e que por mais difícil que a conjuntura possa parecer, seguiremos de mãos dadas na luta por um mundo que seja capaz de contemplar todas as pessoas”.