Escola melhora comunicação entre alunos ao ensinar Libras para todos

Já era uma prática comum na Escola Estadual Roldão Lopes de Barros, na zona sul de São Paulo, que seus professores se unissem para tratar dos problemas da unidade. Por isso, ao notar dificuldades de relacionamento entre estudantes, a educadora Margareth de Melo Alves não hesitou em buscar apoio de seus colegas.

Com aulas em Libras para surdos e ouvintes, escola de São Paulo melhora comunicação entre alunos de mesma turma

Margareth é docente do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Em todo o país, o AEE é oferecido a alunos com deficiência, durante o contraturno, com a finalidade de desenvolver serviços, recursos pedagógicos e de acessibilidade que diminuam os impedimentos para a plena participação desses estudantes nas aulas comuns. Preocupada, ela percebeu que as crianças surdas que atendia encontravam barreiras para se comunicar com os demais colegas do 6º ano. Diante disso, ela uniu-se a outros educadores para ensinar Língua Brasileira de Sinais (Libras), também, para os estudantes ouvintes.

Em Português, todos estudaram gêneros textuais nas duas línguas, usando relatórios feitos nas aulas de Ciências. Já uma narrativa sobre uma menina negra na época da escravidão suscitou dúvidas que foram debatidas em atividades de História e Geografia. Nas aulas de Arte, os alunos criaram bonecas abayomis com retalhos de pano. Em todos esses momentos, as crianças com e sem deficiência aprenderam os sinais da Libras juntos.

Para a professora, o trabalho pedagógico realizado ajudou a melhorar o comportamento da turma. “Ao levar a língua de sinais para todos, criamos a possibilidade de estreitar os laços de cooperação e amizade. Todos saíram ganhando”, afirma. Para mais informações sobre as atividades desenvolvidas na Escola Estadual Roldão Lopes de Barros, acesse o relato de experiência da Margareth no DIVERSA.