Álbum apoiado por Pitty é manifesto sobre violência contra mulher
"Vamos agir, vamos nos unir. Denuncie: Ligue 180", diz a cantora em uma das faixas
- “E se eu te dissesse que uma em cada três mulheres do mundo já sofreu violência física ou sexual? Na maioria dos casos, dentro dos próprios lares, pelos próprios parceiros. A violência contra meninas e mulheres não reconhece barreiras, portas, paredes ou portões.”
Quem começou a ouvir o novo álbum apoiado pela Pitty, lançado nesta terça-feira, dia 28, foi surpreendido por 16 faixas que, no lugar de músicas, retratam o cruel cenário de violência contra a mulher no Brasil. A primeira das “canções” começa com o trecho citado acima e todas terminam com a seguinte mensagem, narrada pela cantora: “Vamos agir, vamos nos unir. Não vamos deixar nenhuma menina ou mulher para trás. Denuncie: Ligue 180“.
A ação, da ONG Plan International Brasil, faz parte da campanha “16 dias pelo fim da violência contra a mulher“. O período de ativismo ocorre entre duas datas importantes: 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A campanha global, com duração de 16 dias, une diversos órgãos e ONGs em busca do mesmo objetivo: lutar contra a violência de gênero que afeta milhões de meninas e mulheres em todo o mundo. Na ação com a participação da Pitty, as faixas trazem textos narrados pela Luka, da 89 fm, e terminam com o alerta da artista.
Segundo Viviana Santiago, Gerente Técnica de Gênero da Plan International Brasil, o principal papel desempenhado pela iniciativa é o de sensibilizar a sociedade neste dia e trazer uma discussão próxima à vida cotidiana das pessoas. “Na tentativa de falar sobre a diversidade e a multiplicidade nas formas de ser mulher, nós evidenciamos as violências as quais essas mulheres são submetidas diariamente”, explica.
De acordo com a especialista, a organização busca alertar que a violência não está apenas na vida das mulheres adultas, mas também na das meninas. “O enfrentamento da violência contra a mulher é necessário para que a gente atue na desnaturalização dessa violência. Por exemplo, é normal atualmente que um homem seja agressivo e que as mulheres sejam assediadas na rua”, completa.
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