Estupros na universidade: ex-PM é único réu depois de CPI

O caso ganhou destaque na mídia nacional e gerou mobilização nas redes sociais

Em 2012, durante a Med Pholia (tradicional festa promovida por estudantes de medicina da USP), Daniel Darciso da Silva Cardoso, aluno da Faculdade de Medicina da USP, estuprou uma estudante de enfermagem. O caso ganhou destaque na mídia nacional e gerou mobilização nas redes sociais. Em maio de 2015, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e Cardoso se tornou réu no processo.

Por conta da acusação e da suspeita de ter estuprado ao menos outra estudante em eventos da FMUSP, Cardoso cumpre suspensão de um ano e foi impedido de colar grau.

De acordo com matéria publicada no Estadão, Cardoso também foi policial militar entre 2004 e 2008 e, na época, matou um homem com oito tiros durante uma briga em um bloco de Carnaval. A briga começou porque a vítima teria se insinuado para ele. O Tribunal de Justiça Militar informou que, como Cardoso praticou o crime quando estava em horário de folga, acabou processado pela Justiça comum.

Cardoso foi o único aluno, considerando as dez acusações de estupro levadas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trote, que sofreu punição. A CPI, que durou de dezembro de 2014 a março de 2015, apurou casos de violações de direitos humanos em instituições de ensino paulistas.

Com informações do Estadão.

#meuassédionausp

No final do ano passado, o Jornal do Campus (JC), produzido por estudantes de jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP, reuniu em um vídeo depoimentos de alunas de diferentes cursos sobre situações de assédio e violência sexual que sofreram no ambiente universitário. As jovens que não se sentiram à vontade para gravar tiveram seus relatos interpretados por colegas. Veja abaixo: