Etiópia proíbe adoção internacional para defender crianças
Na última quinta-feira, dia 11 de janeiro, a Agência EFE noticiou uma mudança na prática de adoção em um dos países africanos. O Parlamento da Etiópia aprovou uma lei que proíbe que estrangeiros adotem crianças etíopes.
Agora, segundo o diretor de Relações Públicas do Ministério da Mulher e da Infância, Alemayehu Mammo, que revelou que atualmente não há determinações claras, o Governo terá que decidir como proceder com os processos de adoções em andamento.
Embora não existam dados oficiais sobre o número de adoções com essa característica no país, os casos anuais passaram de milhares para 400 em 2017, segundo Mammo.
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A suspensão aconteceu em abril de 2017, após denúncias de abusos de pais adotivos de crianças etíopes. Na terça-feira, dia 9 de janeiro, o Parlamento aprovou a lei que as proíbe definitivamente.
Um dos casos tem relação com a condenação de um casal adotivo americano que, em 2013, deixou que sua filha adotada na Etiópia em 2008 morresse de fome e frio. A mulher e o marido foram sentenciados a 37 e 28 anos de prisão, respectivamente.
O país africano é o preferido das famílias americanas para adoção, com casos conhecidos como o da atriz Angelina Jolie. Para Mammo, as principais razões para a aprovação da lei é “a prevenção de abusos e das crises de identidade que as crianças adotadas sofrem”.
Anteriormente, o país não tinha mecanismos para identificar antecedentes e personalidade das famílias estrangeiras adotivas, a fim de controlar as crianças nos países de destino.
De acordo com as percepções do diretor de Relações Públicas, o Ministério da Mulher e da Infância trabalha há alguns anos para estabelecer mecanismos para favorecer as adoções dentro do próprio país e conseguiu uma tendência crescente com resultados otimistas, .
“Acreditamos que exista demanda suficiente para adotar crianças dentro da Etiópia e assim ajudá-las a crescer na sua própria cultura, mantendo sua identidade”, disse Mammo, afirmando que muitas famílias que davam em adoção seus filhos o faziam por motivos econômicos, embora nem sempre porque vivessem em situações de pobreza ou não pudessem mantê-los.
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