Ex-assessora acusa deputado de rachadinha e uso indevido de funcionários
Ruy Irigaray é um dos principais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no Rio Grande do Sul
O deputado Ruy Irigaray (PSL-RS) é suspeito de usar assessores parlamentares para reformar casa da família e realizar trabalhos domésticos, como cuidar de um cão e servir como babá. Além disso, uma ex-assessora denunciou a criação de um “gabinete do ódio” e a prática de rachadinhas.
As declarações serão investigadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Tudo foi filmado e fotografado pela ex-assessora com um celular. A reportagem foi apresentada no programa “Fantástico” deste domingo, 14.
Em conversa gravada pela ex-servidora, um dos funcionários afirma que “devolve” R$ 2 mil de seu salário ao deputado, forma de peculato que ficou conhecido como “rachadinha”.
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Nota do MP-RS
O Ministério Público do Rio Grande do Sul informa que, na data de 09 de fevereiro, duas pessoas compareceram à Promotoria Especializada Criminal de Porto Alegre onde, de forma espontânea, prestaram declarações em que noticiaram o que em tese pode se configurar como possíveis atos de improbidade administrativa, que importariam enriquecimento ilícito, causariam prejuízo ao erário e atentariam contra os princípios da Administração Pública pelo deputado Ruy Irigaray Junior e assessores parlamentares a ele vinculados.
O expediente, que está em sigilo, foi recebido posteriormente pela Procuradoria Geral de Justiça e encaminhado à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, que tem atribuição para investigar atos de improbidade administrativa.
Para a apuração pelo prisma penal, foi designado o promotor de Justiça Flávio Duarte, que realizou o atendimento inicial na Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, para acompanhamento do expediente, para o caso de eventual constatação de conduta tipificada como crime.
Dessa forma, o Ministério Público do Rio Grande do Sul busca o esclarecimento de todo e qualquer fato, para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis, caso haja a comprovação de ilícitos.